Pesquisa

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre Querubins.

Querubim é uma espécie de anjo.

E é também o apelido de João do Nascimento, filho de uma prostituta e um pai alcoólatra, morador de uma favela chamada "Canudos." Sem gostar muito de estudar, acaba abandonando a escola e vira um "olheiro", uma espécie de vigia que avisa aos traficantes quando a polícia aparece na favela. Em troca do serviço, ele ganha dinheiro e a amizade de José Martins, também chamado de Dinho, o principal traficante de Canudos.


A amizade entre os dois acaba trazendo muitos benefícios para o garoto. Além de ganhar dinheiro vigiando Canudos, ele distribui, vende e negocia crack, o que também representa lucro para ele. Com o tempo, o garoto abandona a família para morar com Dinho, que mesmo sendo um criminoso, acaba virando um tipo de figura paterna para o moleque. Pedro Alcântara, um professor de biologia, tenta tirar Querubim da vida bandida, sem muito sucesso. O biólogo é um fracasso como professor, já que suas aulas não despertam interesse algum nos alunos. "Por que diabos vou querer saber sobre uma célula?" é o que a maioria dos alunos questiona durante as aulas e sem conseguir explicar esse porquê, Pedro acaba deixando a aula algo chato e improdutivo.

Canudos é uma favela como qualquer outra. Pobre, decadente e dominada pela violência.

Esse é o resumo do livro "Nunca mais Querubim". Se esse livro for publicado, provocará uma enorme polêmica. O autor, no caso eu, com o livro, procuro criticar o sistema de ensino usado nas escolas que é improdutivo porque os alunos pouco se interessem por estudar. E afinal, por que mesmo temos que estudar?

Através do personagem Pedro, eu apresento uma solução para esse dilema.

Querubim, outro protagonista da história, tem a função de mostrar como a nossa juventude, tão despreocupada com o estudo, se perde no mundo das drogas, do tráfico e da prostituição.

Com o decorrer da história, critico a  nossa sociedade, pouca preocupada com questões sociais como a pobreza, a miséria e a violência. Para isso, a história se passa em Canudos, uma favela. 

A política, a imprensa, as filosofias da nossa nação e os paradigmas nossos são outros alvos das minhas ferozes críticas apresentadas com o livro. 

E como não poderia deixar de ser, o tema principal do livro é o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente.


Resumindo, misturo dezenas de assuntos numa mesma narrativa e provo que tudo está interligado. Poluição, meio ambiente, tráfico de drogas, escola, favela, pobreza, miséria, artes, poesia, violência, crime, filosofia, biologia, sociologia, economia e sustentabilidade são os tais temas que eu relaciono com o livro.

Pedro conseguirá melhorar a qualidade de suas aulas e convencerá Querubim a abandonar a vida de criminoso?
As pessoas de Canudos terão uma vida melhor, livres da violência e da pobreza?
Afinal, o bandido, estuprador e o traficante são "vítimas" da sociedade e da falta de oportunidade?
O meio corrompe o homem?  Tudo é fruto da questão social?
Os defensores dos direitos humanos estão certos?
Ou meter bala nos miolos de cada um é a única solução?


Leiam para descobrir.

E torçam para que eu consiga publicar o livro.

Prometo que o livro vai mudar muitas cabeças.

E há ainda mais dois livros que quero publicar.

Esperem, aguardem e torçam.

domingo, 23 de maio de 2010

Movimento Retilínio Uniforme:

Se você é do Segundo Grau, já deve ter estudado sobre o Movimento Retilínio Uniforme. Eu sempre me perguntava... Onde diabos eu vou usar essa coisa? Em qual empresa que vou precisar determinar a posição de um móvel com velocidade de 34 km/h no instante 3 segundos? Parece coisa de outro mundo? E por que um assunto tão chato de física faz parte de um texto que deveria falar sobre meio ambiente?

Vamos por partes. Uso o tema “movimento retilínio uniforme” para que você chegue à conclusão principal do texto. Algumas vezes, estudar pode parecer inútil. E é chato.

Bem, até aqui, nenhuma novidade. Certo? Mesmo sendo chato, eu estudava um bocado e passava tardes inteiras revolvendo essas equações. Graças a isso, sei interpretar as fórmulas, resolver cálculos e pensar logicamente. Através desse raciocínio que aprendi a desenvolver equações bem mais complicadas.

E está servindo para a minha faculdade de tecnólogo em Gestão Ambiental. Sei, por exemplo, calcular a área, o volume, a largura, o comprimento e a altura de um decantador. O decantador é um enorme tanque onde a água passa durante o tratamento feito para despoluí-la. As partículas de sujeira decantam, ou melhor, vão para o fundo do tanque por serem mais densos que a água. O profissional que opera as ETAS (Estações de tratamento de água) pode adicionar um coagulante, ou seja, um produto químico que faz com que as partículas se aglomerem, formando um floco pesado, denso e que decanta para o fundo. Entra o conhecimento em química. É mais ou menos isso que acontece com a água que sai da sua torneira. Em educação ambiental, isso se chama de “agir localmente, pensar globalmente.” O ingresso numa boa carreira profissional acontece através do estudo. O compromisso da escola é, através do ensino, fazer com que as crianças se tornem profissionais comprometidos com a qualidade do meio ambiente. Um operador de ETA, o engenheiro que constrói a ETA, o químico que produz o coagulante e o bioquímico que analisa a água da ETA são exemplos de como o trabalho comprometido com a questão ecológica pode contribuir com o planeta. Você estuda, um dia, você entra no mercado de trabalho e desse modo, contribui para o meio ambiente. Pode parecer estranho isso... Não é. Até mesmo alguém que projeta um motor de carro pode dar uma contribuição para o meio ambiente ao desenvolver um carro movido a energia limpa, como bio-combustível. O desenvolvimento de tecnologias é importantíssimo para melhorar o mundo. E antes de desenvolver inovações tecnológicas, é importante desenvolver consciência ecológica através da visão holística. Ou seja, todas as ciências desempenham um papel fundamental para enxergar que cada cidadão, cada profissional e empregado são importantes para o funcionamento da sociedade. No papel, tudo é lindo. Na prática, o estudo continua chato. É que a maneira como os conteúdos são apresentados é antiquada. Imagine uma escola onde você precise ficar o dia inteiro, quer dizer, de manhã até de tarde. É a tal da educação integral. Parece loucura? Calma. E se o professor, ao invés de explicar as disciplinas como coisas separadas, sem ligação umas com as outras, explicasse de forma que o estudante compreendesse que todas as ciências têm uma ligação? A qualidade do ensino não iria melhorar? Não teríamos profissionais com uma ampla compreensão científica? E digo mais. O progresso dos estudantes nos estudos seria avaliado por profissionais como psicólogos e psiquiatras. Eles descobrir em qual profissão é que o estudante se daria melhor. Assim, os professores poderiam dar aulas sobre as aplicações das ciências em cada profissão. É apresentar como a vida realmente funciona. Aprender sobre o mercado de trabalho não se resume aos livros ou a ouvir um professor. A aula ficaria bem mais interessante se os professores ensinassem como trabalhar no que se gosta.

“Menino, pelo amor de Deus, acorda e pare de ficar no mundo da lua. Por causa dessas revistinhas que você lê, você fica desse jeito, todo distraído. Como você vai trabalhar algum dia com esse jeito de bobo?” Mais ou menos isso que meus pais viviam me dizendo na minha época de menino pequeno. Como eu costumava ler muito, desde aquela época, diziam que de tanto ler, ficava com um jeito distraído, distante... Coisa de bobo alegre. Hoje, sei que o simples ato de ler as revistinhas da Turma da Mônica já era um indicativo de que eu tinha aptidões para ser escritor. E isso foi crescendo comigo e agora, tento juntar literatura com a questão ecológica para melhorar a qualidade da educação. Quero dizer, todos nós, desde que nascemos, temos aptidões... Dons... Dedique-se integralmente e procure conhecer um pouco de tudo. Preocupe-se em desenvolver o seu potencial. E vença na vida.

sábado, 24 de abril de 2010

Dê-me um pouco de esterco.

">

O título do texto pode ser estranho, mas tem tudo a ver com o texto. Em primeiro lugar, assita o vídeo. Assistisse? Entendesse a letra da música? E o que um filminho com marionetes tem a ver com a questão ambiental? De acordo com a crítica social escondida nas entrelinhas musicadas, a classe média é aquela parte da sociedade manipulada pela imprensa, que acredita fielmente em tudo o que passa nas revistas, nos jornais e na mídia. Crendo que são melhores do que outros, afinal, são “quase ricos”, vivem das aparências, do consumo, da compra, do estilo e fazem de tudo para parecer, ao máximo, com as classes mais abastadas.
Pouco se importam com as condições das demais classes desfavorecidas e não dão à mínima se alguma enchente engolir uma favela inteira ou se por causa tráfico de drogas, inúmeras vidas estão sendo interrompidas. Eu discordo totalmente da letra da música. Em geral, todas as classes sociais são acomodadas, manipuladas pela mídia, inocentes por natureza e crentes no discurso de algum político corrupto. E não são assim porque querem. A cultura do Brasil é, infelizmente, conformista. Nós nos conformamos em receber ordens, obedecer cegamente e acreditar que estamos fazendo o máximo pelo bem da nação. “Alienação” é o nome que se dá para isso. Conformamos-nos em dizer “tomara que o senado exploda” quando ouvimos falar das falcatruas de algum político. E só. Por que estamos nessa posição de servidão cega?
Fomos educados para pensar assim. Na escola, por exemplo, eu aprendi somente a acatar ordens. Pronto. O esquema sempre era o mesmo. Puniam-se os maus elementos e recompensavam-se os melhores. Isso engessa a nossa capacidade criativa e o nosso senso crítico. Como diria Raul Seixas, a desobediência é uma virtude necessária à criatividade. Não quero dizer que devemos espalhar a anarquia e a desordem. Recompensar os mais inovadores, os ousados e criativos é a minha proposta. Cito, por exemplo, minha época de estudante dos anos anteriores, antes de eu começar na faculdade. Ouvia um “muito bem” do meu prefessor de Biologia do terceiro ano se eu falasse qual era a função do Complexo de Golgi. Para isso, decorava páginas e mais páginas do meu caderno, obedecia ao meu professor cegamente.
Agora, por que razão eu precisava decorar a função do Complexo de Golgi? Não sei. Um país melhor começa dentro da escola. Mas é necessário se perguntar de que forma é que nós estamos aprendendo. A educação deveria unir teoria e prática. Por exemplo, numa aula de biologia, o tema bem que poderia ser biodigestor. O agricultor pega o esterco produzido pelos animais de criação, mistura com água e armazena no tal do biodigestor. Pronto. As bactérias decompõem o esterco, isto é, transforma a carga orgânica em outras substâncias, como gás metano. Este gás pode ser usado como combustível para um fogão doméstico, por exemplo.
As bactérias, dentro do equipamento (biodigestor), são anaeróbicas. Isso significa que não precisam de oxigênio para exercer sobreviver. A decomposição do esterco, por ser anaeróbica, não produz maus odores. O que sobra desse processo é uma massa pastosa, sem nenhum cheiro, que é chamada de adubo biofertilizante. E esta substância é ótima para as plantas. O esterco também é uma forma de poluição. Quando é depositado em local inadequado, pode produzir maus odores, atrair doenças, contaminar solos, água e até o ar. Já conheço vários lugares onde o esterco de porcos se tornou um grave problema ambiental. E então... O que fazer com tanta porcaria? O biofertilizante é uma alternativa ao pesticida, herbicida e demais “cidas”. Faz a planta crescer, sem que precisar venenos químicos. A produtividade aumenta. O dinheiro é ganho e o meio ambiente é salvo. Através do exemplo do uso do biodigestor, entendemos melhor vários assuntos relacionados com a biologia, por exemplo, o ciclo de vida das bactérias anaeróbicas. Também serviu para fazer com que o aluno compreenda que a biologia tem uma utilidade prática. Um estudante pode se interessar em estudar agronomia, por exemplo, depois de perceber que o estudo possui alguma aplicação prática. E não termina só assim. Com cada vez mais pessoas se preocupando com a questão ecológica, o país melhora. Uma educação de boa qualidade, que significa empregabilidade, é um avanço na direção do progresso. O biodigestor, uma alternativa tecnológica para o problema da poluição, concilia o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, auxilia na produtividade de alimentos, reduz o atraso e a pobreza no campo. A tecnologia, o conhecimento técnico e a educação profissionalizante são essenciais nesse mercado de trabalho competitivo. Toda a profissão, toda a pessoa pode contribuir para o desenvolvimento da nação, a erradicação da fome e das disparidades sociais. O segredo é estimular a rebeldia, o senso crítico, a criatividade, transformar a criança de hoje no cidadão atuante de amanhã.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Memória Curta

O que a corrupção, falsas promessas de políticos, a existência das favelas nos morros do Rio de Janeiro, a violência, o tráfico de drogas e o meio ambiente tem a ver? Fiz uma pesquisa para conhecer a ligação desses elementos descritos acima. Bom, não é novidade nenhuma que o Rio de Janeiro foi vitimado por uma terrível enchente nesse ano de 2010. Segundo minhas fontes, foram 219 mortos, 161 feridos, 11.562 desabrigados, 22 municípios afetados e 10,3 milhões de moradores atingidos. Foi uma catástrofe parecida com aquela que se abateu sobre Santa Catarina no sombrio ano de 2008. Segundo o IBGE, Em 1960, 1 em cada 10 cariocas vivia nas favelas. Atualmente, 1 em cada 5 moradores mora nas favelas. Muitas pessoas constroem barracos, casas e casebres nos morros cariocas e estes, por causa de seu formato acentuado, dão impulso à água da chuva, como num enorme “tobogã.” O solo dos morros do Rio de Janeiro é irregular, tem uma espessura de 1 a 2 metros de terra que cobrem as rochas subterrâneas e por esse motivo, essa fina camada não consegue absorver a água da chuva que corre morro abaixo, levando casas, terras, construções, rochas e vidas humanas. Quando um ambientalista ou algum geólogo buzina nos ouvidos das autoridades que construir casas em cima dos morros e encostas como acontece com a favela da Rocinha, por exemplo, eles são taxados como “eco-chatos”. Agora, por que as pessoas insistem em moras nas favelas? O que isso tem a ver com os demais problemas citados acima? No Rio de Janeiro, os barracos começaram a brotar os anos 80 e nenhum governante preocupou-se em fiscalizar. Não havia estudos sobre de que modo o meio ambiente poderia ser afetado ou se a área era segura para ser habitada. Os políticos, querendo mais e mais votos, preocuparam-se em apenas conquistar a confiança da população. Então, asfaltaram as ruas, forneceram energia elétrica e água encanada. Com tantas melhorias, a favela atraiu as pessoas como moscas no mel. As favelas cresceram em tamanho e muitos morros foram ocupados. Estamos sentindo as conseqüências só agora. Nos anos 50, por exemplo, por causa da chegada de muitos nordestinos, a população das favelas cresceu assustadoramente, como se construir esse tipo moradia fosse sinônimo de progresso para a cidade. Darcy Ribeiro, que foi um vice-governador, chegou ao cúmulo de dizer “Favela não é problema, é solução.” Leitor, desconfie dos atos dos políticos. A maioria só está manipulando o eleitorado com promessas vazias e obras inúteis. Bom político é aquele que sabe trazer o progresso, sem que isso agrida o meio ambiente. Há uma única (e barata) solução para esse problema. A cidade precisa ser urbanizada de modo sustentável. Seguir o que os ambientalistas dizem, não construir mais em áreas de riscos. Legalizar os imóveis, ou melhor, construir com a autorização da prefeitura e de engenheiros competentes. Senão, a situação permanecerá no informal, ou seja, a prefeitura não terá meios para fiscalizar e desse modo, dá-se chance para toda e qualquer tipo de atividade ilegal como o tráfico de drogas.
É não é o que acontece nas favelas? Pois é... Há locais onde nem a polícia tem coragem para entrar, afinal, o poder pertence aos criminosos. São eles que fiscalizam, ditam as regras e comandam. Outras soluções seriam o uso de radares meteorológicos para monitorar as tempestades, construir boas galerias pluviais para dragar a água e etc. Isso seria um trabalho para engenheiros e meteorologistas preocupados com a questão ambiental, ou seja, de fazer com que a estrutura da cidade se adéqüe a natureza. Deveríamos ensinar educação ambiental nas escolas para moldar a mentalidade das futuras gerações e desse modo, impedir que políticos incompetentes sejam eleitos pelo eleitorado inocente. O que mais dói é que Santa Catarina sofreu do mesmo mal no ano 2008 e não aprendemos NADA com isso. O maior problema do brasileiro é a memória curta.

terça-feira, 23 de março de 2010

Eu, um desempregado?

Estávamos comentando sobre nossas futuras profissões. Um amigo meu, cursando administração, falou do desejo de trabalhar num escritório. Outro seria professor com a sua faculdade de pedagogia. E eu? O que serei com a minha faculdade de Gestão Ambiental? Foi essa pergunta que meus colegas me fizeram, dando risadinhas irônicas. “Vai ensinar que não se deve jogar lixo no chão? Vai espernear com alguém que arranca florzinhas?” Respostas desse gênero saíram da boca dos meus colegas. Puros ignorantes. Quero melhorar a vida das pessoas. Ajudar, de algum jeito, as pessoas. Virar o sistema de pernas para o ar até que ele se torne útil. Como estudar o Meio Ambiente pode me ajudar? Vamos exemplificar...

Estudei, por exemplo, no ano passado, a importância de se ter um espaço para que o verde seja preservado. Até visitamos um pedaço da Mata Atlântica numa excursão. O solo das florestas absorve a água dos solos, impedindo que ela fique acumulada na superfície. Se tudo estivesse asfaltado, a água ficaria acumulada na superfície, provocando enxurradas. É o que acontece com São Paulo, uma região com inúmeras favelas, onde o verde perdeu seu espaço para o concreto. A cidade devorou os ecossistemas naturais. Inúmeras vidas são tomadas pelas enxurradas. Estradas construídas sem nenhum planejamento não permitem que o trânsito desafogue, trazendo transtorno, irritação, poluição e acidentes. Já que favelas não contam com tratamento adequado de esgoto, toda a carga poluidora, ou melhor, as fezes e a urina contaminam a água dos rios, riachos e ninguém se importa. Baile Funk, tiroteio, pichação, televisão e a cocaína são os assuntos que realmente interessam. Prédios construídos em locais inadequados obstruem o fluxo de ar quente, fazendo com que a temperatura suba muito e diminuindo a qualidade de vida das pessoas. Cidade grande, lugar construído de qualquer jeito é sinônima de desconforto térmico, enxurradas, muita violência, poluição, pouco verde e muito stress. Um educador ambiental tem diversos compromissos para melhorar a sociedade. Um deles é com a educação sexual. Ensinar que para se fazer sexo, é preciso ter responsabilidade e usar camisinha. Uma lição para ser mencionada nas escolas, nas favelas e nas próprias famílias. Só pode ter filhos aqueles com condições de educá-lo e amá-lo. O crescimento populacional será desacelerado. Menos gente significa menos casas, menos concreto, menos cidade, menos trânsito, mais verde, mais ar puro, menos enxurradas e mais qualidade de vida. Prédios construídos em locais estratégicos evitam que o ar quente seja obstruído. Não defendo o aborto. Defendo uma nova forma de organizar a cidade.

A idéia de que o desenvolvimento urbano, econômico e social precisa ser acompanhado com a educação ambiental é o primeiro passo para um mundo melhor. Quero trabalhar nisso. O problema, claro, é que meu blog não é famoso. Por isso, meu amigo (a), te peço, se você ler meus textos, não deixe de comentar. Elogie. Critique. Reclame. Xingue e ofenda... Mas, não deixe de demonstrar que leu, gostou ou não. A idéia precisa ganhar fama... E me incomoda muito saber que algo tão bom seja tão desconhecido, enquanto Big Brother, novela das 8, e demais celebridades capturam toda a atenção em torno de suas futilidades.

domingo, 14 de março de 2010

Criticando Felipe Gruetzmacher

Hoje, é um dia especial. O número de visitas chegou ao número 1000. Se isso é bom para a divulgação das minhas idéias? Não sei. Minha escrita pouco fez pelo meio ambiente. Mesmo assim, é um pequeno grande passo. Em direção de quê? Não sei. Só continuo a protestar. Felipe Gruetzmacher será, dessa vez, o alvo das minhas alfinetadas. Eu, Felipe Gruetzmacher, dessa vez, não vou criticar o mundo lá fora. Critico o que penso e o que escrevo. Uma auto-crítica. Para os desavisados, eu sou membro da SEB, a Sociedade dos Escritores Blumenauenses. E o que isso tem a ver com o Efeito Estufa, o derretimento das calotas polares e o ambientalismo? Logo, chegaremos lá. De vez em quando, nós nos reunimos para discutir literatura, técnicas de produção de texto e filosofias. Num desses encontros, dois contos escritos por mim foram alvos de críticas por parte dos meus colegas sebianos.


Conto 1: O último vôo de um Beija-Flor.


O dia amanheceu cinzento naquela segunda-feira, comecinho de semana. Travestis rodopiando suas respectivas bolsinhas, esgoto mal cheiroso correndo a céu aberto e pulmões devorando a fumaça dos baseados ao serem tragados compõe o cenário. É uma favela. Situada em algum morro carioca. Realidade. Bruta. Cruel. Verdadeira e sincera. Quem testemunha o desenrolar da história são os olhos do protagonista, um menininho. A idade dele? Pouco importa. Basta saber que ele não passa de um moleque. O nome dele? Nem interessa. O que é preciso saber é o apelido dele. Beija-Flor. Pode parecer uma coisa inocente... Mas é uma gíria usada pelo tráfico para designar garotos ou garotas responsáveis pelo transporte de drogas.
Um Beija-Flor voa e vai enamorando as flores por estar conduzido pelo instinto, por sua própria natureza. E por que o garoto, outro tipo de beija-flor, alça seu vôo pelas trilhas da favela, distribuindo cocaína? Instinto? Falta de escolha? E lá vai o nosso beija-flor, com algumas moedas no bolso esquerdo, fruto de horas engraxando sapatos e no direito, balas coloridas. Belas balas coloridas entorpecentes. Outro beija-flor aparece. Um membro de alguma gangue rival. Dois bandos de beija-flores, inimigos um do outro... A diferença é que eles não competem pelo direito de enamorar um maior número de flores... O dedo do rival endurece no gatilho, até pressioná-lo. Um tiro. Uma rajada de metralhadora alcança o beija-flor por trás, enquanto toda uma vida o atinge pela frente. O beija-flor, que nunca beijou nenhuma flor, termina seu vôo. As garras do vício, da bruta realidade e do crime envolvem mais um pássaro. E nunca mais soltaram.


Conto 2: Retratos Urbanos:


Começa com uma ida ao banheiro seguida por uma descarga. É conduzido por um labirinto de tubulações até o esgoto. Chega ao rio. Não é preciso nomear a coisa, o assunto mencionado pelas minhas letras. Deixo tudo subentendido através da sutileza. Para não parecer grosseiro, é melhor que fique assim. É irônico perceber que não há nenhum protagonista nesse curto conto, já que o conto fala algo que você poderia, provavelmente, descrever com inúmeros palavrões. Histórias, inúmeras histórias acontecem paralelamente. A chegada de uma ninhada de ratos atraídos pelo esgoto, o “ziguezague” feito pelo vôo esvoaçante das moscas seduzidas pelo odor mal cheiroso e toda uma biologia, inúmeras espécies de bactérias se desenvolvendo nos negros líquidos do rio revelam uma cidade descompromissada como meio ambiente presente dentro do seio dessa selva cinzenta de concreto. Pouco parece, mas tudo está interligado. Uma ida ao banheiro, ratos, vôo de meia dúzia de moscas e as proliferações de bactérias no rio podem sugerir muita coisa. Um assunto banal e até inusitado como uma descarga feita no banheiro nos mostram um triste retrato do nosso retrato urbano e do subdesenvolvimento...



Dei a entender, no segundo conto, que critico a falta de respeito com o ambiente e dou toda a razão aos ambientalistas. Porém, literatura é diferente de expor opiniões. Ela não julga, condena ou defende. Por melhor que fosse o argumento, caí na armadilha do moralismo. Já o primeiro conto é mais bem escrito. Deixo que as letras apresentem a realidade, sem nenhum julgamento. Não passo a mão na cabeça do “beija-flor”, defendendo-o e argumentando que ele é vítima de uma sociedade injusta. Ao mesmo tempo, deixo de chamá-lo de monstro.
Graças às criticas dos sebianos, minha literatura amadureceu e deixou de ser moralista e hipócrita. Algo assim deveria ser ensinado nas escolas. É bom, por exemplo, que o professor de química ensine que a presença de gases poluentes na atmosfera são os responsáveis pelo aparecimento de inúmeras doenças. Um estudo feito em Pittsburg (EUA), em 1993, estimou que cada habitante gasta 20 dólares se tratando de doenças por ano. Faça as contas, multiplique o valor pelo número de habitantes e você terá um prejuízo monstruoso. O professor de geografia poderia contribuir com o assunto, falando sobre como os ventos e demais fenômenos atmosféricos ajudam a espalhar os poluentes. Isso faz com que o aluno percebe que cada disciplina possui um pouco de educação ambiental e assim, aos poucos, mobilizaremos a sociedade em nome da causa ambiental. Lindo. Contudo, algumas vezes, não é economicamente viável tentar poluir menos e não é qualquer quantidade de substância poluente que desencadeia problemas de saúde. Então, as empresas não são tão “inimigas do meio ambiente”. Cito outro exemplo. Impedir que agricultores derrubem centenas de árvores para transformar tudo numa área cultivável não é solução para nada. Agiríamos como ambientalistas loucos. Precisamos de árvores, assim como precisamos de alimentos. O professor de sociologia poderia explicar o porquê de haver tanta fome no mundo, mesmo com o planeta conseguindo produzir alimentos para todos. Reforço a idéia de que educação ambiental faz parte de qualquer ciência. Poderíamos ensinar, aos agricultores, técnicas de cultivo para aumentar a produtividade do solo e evitar que novas árvores precisem dar lugar às plantações, já que plantar de modo incorreto significa deixar o solo infértil. Desenvolver consciência ecológica é importante... Assim como o senso crítico para que o próprio movimento ambientalista seja alvo de críticas positivas. E aproveitando, deixo o link de algumas páginas virtuais dos meus irmãos e irmãs da SEB:

http://cassianeschmidt.blogspot.com

www.site.pop.com.br/aguia2

www.blogdaoktober.blogspot.com

http://www.supertextos.com/autor/ricbrandes

http://www.fotolog.com.br/folhetimvirtual

www.ninholiterario.com.br

http://agualento-isneldaweise.blogspot.com

http://bibliotecaleituraepesquisa.blogspot.com/

www.tchello.art.br

http://tchellodbarros-contosecronicas.blogspot.com

http://www.youtube.com/user/tchellod7barros

http://www.tchellodbarros-poesiavisual.blogspot.com

http://tchellodbarros-literaturainfantil.blogspot.com

http://tchellodbarros-poemas.blogspot.com

http://blogdaseb.blogspot.com/

terça-feira, 9 de março de 2010

Analfabetismo Ambiental:



O vídeo que você acabou de assistir é um pedaço do pronunciamento de Dilma Rousseff na COP 15. Ela quer ser presidente. E exemplifica muito bem como é difícil entender o que é o desenvolvimento sustentado. Não julgo se ela é a melhor ou a pior candidata para a presidência. Apenas critico a infeliz confusão feita por ela durante o discurso. Como num efeito dominó, as palavras dela provocaram terríveis conseqüências. Há ainda muita gente se confundindo com o significado do termo "sustentabilidade."
Que diferença faz se Dilma é apoiada pelo Lula ou se Marina Silva é militante da causa ambiental ou o histórico político de José Serra? O que deixo bem claro é o seguinte:
Não importa o candidato, as idéias defendidas por ele ou se ele é de esquerda ou de direita. O que importa é que ele trabalhe. Não importa se o gato seja preto ou branco, contando que ele mate ratos. O que mais importa para um candidato é a inteligência dele. Agora, por que insistimos em escolher o candidato errado? O que é um bom candidato?

Já sabemos que o bom candidato é inteligente. Muito inteligente. Desconfie, por exemplo, daquele candidato que promete emprego para todos. Ele até pode conseguir a tal façanha e ser um político honesto. O bom caráter é importante. Mas não é tudo. Do que adianta políticos honestos se eles são enganados pelos “tubarões de colarinho branco”? Vamos exemplificar?
A) Existe certa comunidade bem pobre. O governo, querendo gerar empregabilidade naquela região, monta uma indústria têxtil. Ótimo. Agora, todos têm emprego. E daí? É suficiente para que a comunidade saía do subdesenvolvimento? Os empregos de lá são realmente bons? Indústria têxtil precisa de muita água para funcionar. Toda essa água, no final do processo produtivo, vai voltar para o mesmo rio onde foi captado. Alguém parou para pensar que instalar essa empresa naquela região significa poluir as águas do rio no momento em que o esgoto industrial (água usada na produção) é descartado? A qualidade de vida caiu. Muitas pessoas ficam doentes. Outras morrem. Típico cenário de comunidade carente. O presidente da empresa nem pensa em investir em tratamento de águas. É perda de dinheiro. Os trabalhadores braçais não ganham aumento e nem promoção. Nem podem opinar ou sugerir melhoras na empresa. Imagine que um dos setores da empresa entre em greve por causa de um ar-condicionado quebrado num verão onde a temperatura sobe até aos 40°C. Ficar trabalhando algumas horas por dia debaixo de um calor infernal é crueldade. Sugerem a instalação de ar-condicionado. Entram em greve. O patrão não aceita as reivindicações, sugestões ou opiniões. No fim, os incomodados são demitidos. É o que acontece na maior parte das indústrias. A ganância na forma de empresários engravatados segue aquela velha filosofia do positivismo. Ou seja, para que haja progresso, cada pequena parte deve desempenhar sua função e nunca questionar nada. O raciocínio é sempre o mesmo: o patrão tem sempre razão e os empregados insatisfeitos sempre encontram alguma desculpa para entrar em greve. Trabalhar honestamente não significa crescer economicamente. Ao menos, não aqui no Brasil, o país dos impostos, dos poucos ricos e muitos pobres. Estão percebendo? O candidato, na maior das boas intenções, gerou emprego para todos. Só que ele não se perguntou qual é o tipo de emprego ou quais são as conseqüências ambientais e sociais para a comunidade. É por isso que no Brasil, poucos enriquecem e muitos empobrecem.
B) Agora, vamos observar a mesma situação por outro ângulo. A mesma indústria investe nas tecnologias para tratar a água. A qualidade ambiental e da vida das pessoas aumenta. O dono da empresa investe, também, no potencial humano. Paga mais para aquele funcionário que trabalha mais ou que apresenta alguma solução inovadora. Aos poucos, a empresa vai se transformando num local onde as pessoas são promovidas, ganham cada vez mais e sugestões são ouvidas, discutidas e acatadas. É ou não é bom trabalhar lá? Isso é que estimula o crescimento profissional. E se de repente, algum funcionário sugerir, para o dono da empresa, algo totalmente novo? Já pensou que bom seria se os filhos dos funcionários visitassem a empresa para aprender, por exemplo, a importância de se conhecer o que é a densidade, um assunto bem chato da química, para se tratar a água? Ver como a química pode ser trabalhada não estimula o interesse da criançada? Os retalhos (pedaços de pano que sobram do processo produtivo) poderiam servir como matéria-prima para feiras de reciclagem organizadas dentro da escola. Passeios ciclísticos envolvendo próximos do rio usado para captar água serviriam para que o estudante compreendesse que indústria não é sinônimo de poluição, afinal, toda água usada é tratada. Vê? A empresa, a comunidade, a escola, os funcionários, as pessoas e o meio ambiente se tornam um só e vão progredindo juntos. Isso é desenvolvimento sustentável.
Político precisa enxergar a totalidade, compreender que a sociedade, a indústria e o meio ambiente interagem entre si.
Quer saber? Por enquanto, não escolhi meu candidato. Não defendo ninguém. Apenas critico a desonestidade e a inocência de certos políticos honestos com o rabo preso com os “grandes tubarões de colarinho branco.”

domingo, 7 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Auto-Ajuda e Meio Ambiente




Nunca antes na história da literatura se escreveu e se comprou tantos livros de auto-ajuda como nos dias atuais. Por quê? E o que isso tem a ver com Educação Ambiental? O objetivo do blog não é apresentar o meio ambiente através de um ângulo diferente? Pois é...

Vamos começar por esse caminho.

Paulo Coelho, Spencer Johnson, Rhonda Byrne, Tania Zagury, Içami Tiba, Augusto Cury e os demais autores têm um incrível talento. Eles conseguem pegar uma a frase “nunca se deve desistir dos seus sonhos” e dessa grande obviedade, escrever um livro de centenas de páginas. E ganham oceanos de dinheiro com isso! Será que ninguém percebe o quanto todas aquelas páginas são óbvias, simples e bobas? Vamos tentar entender o que isso tem a ver com educação ambiental?

A primeira coisa que meu pai me falou quando entrei no colégio foi “estude para ter um bom emprego.” As marcas das nossas roupas, o diploma da faculdade, a gravata, a conta bancária e o carro na garagem definem se a pessoa é boa ou não. O “sucesso” é algo para ser cultuado como um Deus. Cursos técnicos, faculdades, escolas, cursinhos, família, amigos, nossa filosofia materialista e a sociedade em geral nos transformam em cachorros perseguindo o próprio rabo, ou seja, o tal do “sucesso”. E a maior parte das pessoas paga para ler que o sucesso está ao alcance de todos. E ninguém sabe, até hoje, o que é isso. Não foi apresentado a esse tal de “sucesso”. Uns dizem que é a felicidade e se aceitar do jeito que se é. Outros dizem que é dinheiro. E assim vai. Como correr atrás de algo tão estúpido e vago? Bom, não é à toa que a depressão, o stress e a falta de esperança afligem muita gente nesses dias atuais.

A fórmula dos livros de auto ajuda são sempre os mesmos. Um bom emprego, um ótimo salário, um marido perfeito ou uma esposa dedicada e a felicidade podem ser realidade, desde que a fé seja sincera. É o resumo de qualquer livro de auto-ajuda. O grande sucesso dessa literatura vazia, fraca e superficial é um sintoma de um grande mal da sociedade. Estamos cada vez mais egoístas e iludidos. Acreditamos que o mundo gira em torno do nosso umbigo.

E o que isso tem a ver com meio ambiente?
Vemos, por exemplo, nos noticiários que o fantasma da pobreza ainda persiste e crianças passam fome. E não fazemos nada, além de falar algo como “não há mais saída”. E como faremos, se estamos acorrentados a uma rotina, a uma jornada de trabalho e a busca pelo "sucesso"? Somos pessoas normais sem nenhum poder para mudar as coisas? Ou estamos sendo “programados” para pensar desse modo através de uma sociedade que cultua o sucesso, a literatura da auto-ajuda com suas frases pouco profundas, uma escola despreparada para formar cidadãos atuantes e que prefere orientar as pessoas para serem meros trabalhadores sem senso crítico? Sem dúvida, precisamos de uma grande e enorme mudança.

Poderíamos reformular os conteúdos aprendidos na escola. Imagine uma aula sobre educação ambiental. Numa aula, o professor poderia falar sobre bioquímica, ecologia, política e história:


“Caros alunos, vocês vivem me perguntando para que serve a química e a biologia. Pois é... A faixa do pH, um assunto da química, precisa ser entendido por um profissional que trabalha na área de despoluir águas. Toda e qualquer indústria precisa de água para poder funcionar e para isso, a água captada precisa estar numa faixa de pH ideal. Se estiver muito baixo, significa que ela é ácida e pode corroer tubulações. Se ela estiver muito alta, pode provocar incrustamento. Depois que essa água foi usada nos processos produtivos, por exemplo, para tingir malhas numa indústria têxtil, ela precisa passar por um tanque cheio de bactérias e estas irão degradar a matéria orgânica (carga poluidora). Em outras palavras, as bactérias irão “comer” toda a “sujeira”, afinal, durante o processo produtivo, litros de produtos químicos foram despejados. É o tal do tratamento biológico. E depois, essa água pode ser novamente reaproveitada ou descartada no rio. Um cidade que investe nesse tipo de tratamento pode contribuir e muito para a saúde das pessoas, do meio ambiente, melhorar a qualidade de vida das pessoas e economizar em setores como saúde (já que água tratada é sinônimo de vida). Os romanos, por exemplo, escolhiam seus governantes pelo modo como eles administravam a água. Alguns dos Estados brasileiros ainda pecam nesse quesito. Água poluída não serve para agricultura e isso empobrece as áreas rurais, prejudica a produção de alimentos, traz fome, doenças, contamina, não pode ser aproveitada pelas indústrias e impede o progresso econômico. Essa má administração dos recursos naturais, a falta de fiscalização e de boa vontade política são os responsáveis por isso.

O objetivo da aula de hoje é conhecer os tipos de bactérias usadas no tratamento biológico, os cálculos para calcular o pH ideal e as melhorias que uma cidade pode obter se houver um bom tratamento. Vamos aprender como se trabalha por um meio ambiente melhor. A escola ensina um pouco sobre tudo e onde esse pouco se aplica. Cabe a vocês se interessarem e se aprofundarem no assunto, sem se esquecer de compreender o todo. Só assim evitaremos fazer com que a escola forme químicos, biólogos e engenheiros químicos desempregados por não saber onde tudo aquilo aprendido se aplica.”

Educação ambiental não é uma disciplina. É uma aula sobre diversas ciências para que o aluno entenda que tudo está relacionado a meio ambiente e seu objetivo é fornecer informações de como o que se aprende na escola pode ser ocupado na prática para ganhar dinheiro num emprego e ao mesmo tempo, contribuir para o bem da sociedade. Todas as profissões, se bem aproveitadas, podem contribuir com o progresso econômico, a erradicação da fome, da ignorância e da violência. Bonito? Sim!

Então, joguem os livros de auto-ajuda fora. Preocupe-se mais com o meio ambiente (você faz parte dele) e não apenas com seu próprio umbigo.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Meter a navalha na carne.

A notícia é velha. Mesmo assim, rendeu um bom assunto para o blog. Lembra daquela lambança chamada Copenhague, uma reunião entre líderes mundiais para discutir problemas ambientais como o Efeito Estufa? Naquela ocasião, deveria ser feito um acordo para reduzir as emissões gasosas de poluentes e desse modo, melhorar a qualidade ambiental. Claro que nenhum país aceitou isso com medo de ter sua economia engessada. Antes de continuar com o assunto, seria melhor descrever o que é o Efeito Estufa e a sua relação com Copenhague para auxiliar o leitor mais perdido.



Nosso planeta é aquecido pela energia vinda do sol. Nossa atmosfera possui alguns gases capazes de absorver a toda essa energia, como numa estufa. Com isso, o planeta consegue ficar mais aquecido e isso é importantíssimo para a vida. O aquecimento global é o fenômeno que ocorre quando esse calor aumenta em todo o mundo. Nossas industriais, carros, chaminés e outras fontes poluidoras jogam inúmeras substâncias em formas de gás que são responsáveis pelo aquecimento global. O dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são bons exemplos e essas substâncias dispersas na forma de gases na atmosfera aumentam a capacidade dela em absorver calor. E daí? Segundo alguns cientistas, isso está por trás do derretimento de calotas polares, furacões, secas, chuvas, tempestades, enchentes e outros fenômenos. Há o IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), um time de cientistas que avalia a relação entre poluição e clima mundial. Antes de acontecer a reunião Copenhague, um escândalo de enormes proporções ocorreu na Inglaterra. Dados confidenciais da Unidade de Pesquisa Climática (CRU) da Universidade de East Anglia foram vazados para o público. E essas informações revelam que o aquecimento global não é ocasionado pela poluição feita pelo homem. Ou seja, é tudo uma grande farsa elaborada pelos cientistas. O pior de tudo é que a CRU fornece informações para a IPCC e sendo assim, seria lógico pensar que os maiores especialistas na área de mudança climática estariam manipulando e distorcendo a verdade. O escândalo foi chamado de “Climagate”. Trocando em miúdos, a idéia de que a poluição gasosa produzida pelo homem afeta a climática planetária é uma mentira elaborada para que as empresas adotem uma postura “ecologicamente correta”. A conseqüência é o decréscimo na economia de muitos países. E agora? Quem está com a razão?



Estou apenas na faculdade e não tenho como definir isso, até porque não tenho nem a metade da experiência e do conhecimento dos gênios da IPCC. O aquecimento global pode ser verdade... Como também pode ser mentira. E daí? Vamos parar de buscar uma postura ecologicamente correta por causa disso? Não acredito mais na ciência. Todo o educador ambiental ou alguém que se interessa pelo assunto deveria deixar suas crenças científicas de lado. É a essência da educação ambiental.



Acredito, por exemplo, no dono de alguma empresa que trata o esgoto produzido durante o processo industrial, antes de descartá-lo. Pense na melhoria dos ecossistemas presentes nos rios e lagos trazida com essa postura e em quantas pessoas poderão consumir água potável.

Acredito nos engenheiros preocupados em construir mais ciclovias e desse modo, reduzir o número de carros nas ruas, o congestionamento, o stress, os acidentes, a poluição e a queda na qualidade ambiental. Mais gente transitando nas ruas significa menos gangues, arruaceiros e malandros se reunindo em ruas, parques e locais desertos para vender drogas, planejar assassinatos e etc.

Acredito nas associações e na cooperação de pequenos agricultores e na oportunidade do governo em investir neles para que o ambiente rural caminhe na direção do progresso, ao mesmo tempo em que se pratica a agricultura orgânica, sem venenos, agrotóxicos e outras químicas. Isso envolve, por exemplo, oportunidades de emprego, respeito ao meio ambiente e ao solo, alimentos de boa qualidade, aulas com engenheiros agrônomos e pesquisas para ensinar ao pequeno agricultor como é que se maneja o solo de modo adequado para garantir boa produtividade durante todos os ciclos.

Acredito na liberdade de pensamento, num novo ser humano, ética, na melhora de vida e do meio ambiente e na crítica contra a crença de que ciência é perfeita.

Precisamos de novas filosofias de vidas, posturas, valores morais e de novas formas de educar e de cidadãos com uma visão holística, ou melhor, a compreensão do todo. Todos os empregos, desde os mais simples, estão relacionados com a melhora na qualidade ambiental e da vida humana. Que fique bem claro. Se não, corremos o risco de adestrar a população, fazê-la obedecer a cientistas, líderes, governos e políticos nem um pouco éticos.

Precisamos da ciência e da política feita por homens conscientes.

Não vou opinar sobre aquecimento global e nem se o ambientalismo é correto ou não. Minha área de atuação é outra. É criticar. Ponto final.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Para o meu amigo Luiz Carlos Prates.

Alguém conhece Luiz Carlos Prates? Se você ligar a televisão na hora do meio-dia e sintonizar no Jornal Do Almoço, você verá o nosso amigo Prates criticando a incompetências das instituições políticas, a falta de moral, a nossa legislação ineficaz, a corrupção, a ignorância do nosso povo e etc. Pois é... No dia 21 de fevereiro, no domingo, o nosso amigo Luiz Carlos Prates criticou a Campanha da Solidariedade 2010 em sua coluna no jornal Diário Catarinense.


Prates, sem dúvida, não tem nenhuma papa na língua e ataca, com toda a razão, através de suas palavras duras e sinceras. Ótimo. Agora, reprovar a atitude a Igreja em organizar a Campanha da Fraternidade já é demais. Nas palavras dele, o capitalismo e a busca pelo lucro não precisam ser criticados. Afinal, é isso que gera a empregabilidade, o progresso econômico da sociedade e impulsiona o desenvolvimento da sociedade. Segundo ele, o que precisa ser alvo de crítica é a falta de vergonha na cara, a desonestidade e um povo que ao invés de ascender profissionalmente através do próprio esforço, espera por algum milagre divino e é iludido pelas esmolas dadas pelo governo. Ele cita, por exemplo, o caso de Alcides Nascimento Lins, um garoto pobre (muito pobre mesmo), guiado apenas pela ambição e pela esperança de ascender socialmente. A única coisa que ele poderia fazer para vencer na vida era batalhar e esperar por dias melhores. Então, com muita dedicação, conseguiu o primeiro lugar no vestibular de Medicina da Federal de Pernambuco...

Infelizmente, ele conheceu um trágico fim. Foi assassinado. Entretanto, a lição que ele deixou e que Prates quis exemplificar em sua coluna é que a vontade de enriquecer é que melhora o país. Então, a Campanha da Fraternidade e suas alfinetadas no capitalismo não passam de uma baboseira vinda de um preconceito tolo de que todo o rico precisou pisar em alguém para chegar onde está. Será que é tudo assim tão simples? Na verdade, a Campanha da Fraternidade não condena o lucro. Apenas condena o modo de como ele é alcançado.

Como a economia solidária, um conceito proposto pela campanha solidária, se aproxima da idéia do desenvolvimento sustentado, eu preciso alertar as pessoas de que ela é uma boa iniciativa e para isso, critico o que foi escrito por Prates.

Por exemplo, não há nada de errado em lucrar através da prática agrícola. O problema é quando muitas terras vão parar nas mãos de poucos, como é o que acontece aqui no Brasil.

Não vou explicar as conseqüências disso, até porque já comentei sobre esse exemplo no meu blog.

Para um jovem, não basta afirma que o estudo é importante como Prates faz. Frações diretamente proporcionais, por exemplo, é um tema importante da matemática financeira e pouco interessante. Agora, qualquer um poderia se interessar pelo assunto se o professor ensinasse que o “x” da equação poderia ser usado para descobrir quanto que uma pessoa pode lucrar com um investimento. Quer dizer, alunos, mesmo os melhores, acreditam que a realidade está resumida nos livros e isso é errado. Como fazer com que alunos se interessam por uma escola assim, onde a prática é uma coisa e a teoria é outra?

Digo outra. E por mais que Prates continue dizendo que precisamos criar vergonha na cara e procurar empregos, isso não resolve a questão da pobreza. Afinal, o discurso é ótimo, mas não deixa de responder diversas questões. Qual é o tipo de emprego que precisamos? Como fazer para gerá-lo? Qual é o tipo de escola que nossos jovens precisam? Se prevenir é mais importante do que remediar, qual o jeito mais eficiente de combater a criminalidade através de formas de evitar que a ocasião favoreça o ladrão?



Se Prates estiver lendo isso, sugiro que ele leia todo o meu blog e então, ele perceberá que tanto o desenvolvimento sustentável quanto a economia solidária tentam unir o progresso material, o lucro, a justiça social, a diminuição da violência, a preservação do meio ambiente, felicidade do ser humano, não condenam a busca pelo enriquecimento pessoal e nem passam a mão na cabeça de marginal. Temo que talvez, continuaremos a persistir no erro de tentar mudar o caráter das pessoas, ao invés de fazer com que a sociedade mude. É o meio que define a moral humana. Uma rua pouca movimentada, por exemplo, pode ser um local para o encontro de adolescentes fumarem maconha. Agora, se o governo investisse em mais ciclovias, o movimento dos pedestres iria aumentar nas ruas e desse modo, o tráfico de drogas seria desencorajado. E com mais pessoas andando nas ruas, haverá menos veículos, menos poluição e menos acidentes. E isso é só uma das várias soluções apresentadas pelo meu blog.

Caro Luiz Carlos Prates, não me leva a mal. Críticas construtivas e bem fundamentadas são importantes para que haja troca de idéias, informações e discussões.

Um grande abraço de um fã seu.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O Deus Cristão e a Educação Ambiental.




O que meio ambiente tem a ver com a pobreza do Brasil e a religião? A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou, nesse ano, a campanha da fraternidade 2010 com o tema “economia.” A proposta é simples. É fazer com que a sociedade tome consciência que o nosso modelo econômico gera pobreza, violência, marginalização, ignorância e poluição.

Vamos imaginar um exemplo bem simples e que já foi usado nesse blog. O padeiro assa o pão pelo desejo de ganhar dinheiro, ao invés de fazê-lo por amor ao estômago do cliente. O estudante escolhe o curso que dará a melhor e mais rentável profissão. Todas as nossas ações são movidas pela busca pelo lucro. Toda a filosofia do crescimento econômico está baseada no acúmulo de dinheiro. O lema da campanha é “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, tirado de Mateus 6:24. E essa idéia se aproxima do conceito do desenvolvimento sustentável proposto pelos ambientalistas. Vamos entender melhor?

Um exemplo é o agronegócio. No Brasil, há muitas terras nas mãos de poucos. Os grandes fazendeiros ficam cada vez mais ricos, enquanto os pequenos fazendeiros permanecem na pobreza. Dessa forma, acontece o êxodo rural, ou melhor, as famílias humildes vão para a cidade, buscando melhores condições de vida. Afinal, cidade é sinônimo de progresso. Ou não é? Sem uma qualificação profissional, as famílias não conseguem emprego. E assim, como num ciclo vicioso, favelas vão sendo construídas na mesma proporção em que pessoas chegam à cidade buscando sorte. Não é novidade nenhuma para o fiel leitor desse blog que a maior parte dos grãos, cereais, legumes e demais alimentos produzidos pelas grandes fazendas vão parar no estômago de porcos, vacas e demais animais. Fazemos isso para engordá-los e depois, devorá-los. Isso já é um hábito da sociedade moderna. Tem gente que não consegue viver longe do pernil de porco, do hambúrguer e de uma boa churrascada. Para engordar um mísero quilograma de uma vaca, gastamos muitos quilogramas de bons alimentos. Imagine quantos quilogramas de cereais, legumes e demais grãos foram parar no estômago bovino, ao invés de alimentar pessoas famintas. Então, é óbvio que a produção de alimentos não dará conta de satisfazer todo o povo. E onde o meio ambiente entra nessa história? Como produtividade é sinônimo de lucro, os fazendeiros procuram fazer com que a produtividade cresça cada vez mais. Para isso, vale qualquer coisa. Usar agrotóxicos é um exemplo. Usar máquinas como tratores que compactam (e prejudicam) o solo é outro exemplo. E nesse jogo, vale tudo. Até praticar a monocultura, que é plantar somente um tipo de produto agrícola e isso afeta o solo, fazendo com que ele leve séculos para se recuperar. Um solo agredido, pobre em nutrientes e envenenado por agrotóxicos e outras químicas afeta uma infinidade de outras formas de vida como bactérias, microorganismos, vegetais, plantas, animais, aves e etc. Então, basta concluir que tudo isso é irracional e insustentável. Ao mesmo tempo em que isso acontece, agricultores humildes, sem ter o que fazer na cidade, voltam para o campo, invadem as grandes fazendas, matam, estupram e por ai vai. Não estou defendendo o MST (Movimento dos Sem Terra). E até concordo que alguns deles só querem arranjar um pedaço de terra para poder trabalhar e fazem isso sem apelas para a violência e infelizmente, sempre irá haver a falta de caráter de algumas pessoas que apelam para a brutalidade. Quer dizer, é tudo uma conseqüência de um modo de produção inconseqüente.



E o que a Igreja propõe?

Uma nova reforma agrária, onde a terra possa ser distribuída de forma igualitária. Assim, todos terão o seu pedaço de chão para trabalhar. É a agricultura familiar. Todos trabalham para fazer com que “roça” pare de ser sinônimo de “atraso”. E se todas essas famílias praticassem a agricultura orgânica? O que é isso? É aquela agricultura que dispensam agrotóxicos e outros venenos. Os agricultores só usam material orgânico (estrume) para fazer com que a plantação vingue. Em geral, os produtos orgânicos são mais caros. Por exemplo, uma cebola cultivada com o auxílio de agrotóxicos é sempre mais barata. Contudo, se todos os agricultores praticassem a agricultura orgânica, o ritmo de produção e a produtividade seriam iguais. Desse modo, a concorrência faria com que o preço caísse. Teríamos alimentos baratos e saudáveis.

Fora isso, a Igreja estimula iniciativas como associações, cooperativas populares, entidades de apoio e etc. Com isso, a comunidade pode participar mais na vida política, decidir onde os investimentos serão gastos. Imagine por exemplo, a comunidade decidindo acabar com a carga tributária. Sabe o que é carga tributária? É um imposto, um valor “extra” em todo o preço de alguma mercadoria. Isso, por exemplo, aumenta o preço do feijão, da farinha e de outros produtos essenciais. O pobre paga o mesmo que o rico paga também. É justo?

Tudo isso é muito bom... E isso é pregado pela Igreja. É a tal da economia solidária.

Os ambientalistas já chamam de desenvolvimento sustentado. Bom, é como trocar seis por meia dúzia. Basta lembrar que é o crescimento econômico, aliado ao respeito pelo meio ambiente e a justiça social.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Maicon Tenfen e eu.

Quando encontrar com Maicon Tenfen numa próxima vez, quero agradecê-lo por ter me dado um novo tema para o meu blog. Conversei com ele apenas uma única vez em toda a minha vida. E, provavelmente, ele nem me conhece e nem se lembra de mim. Eu o conheço.

Blumenau inteira o conhece. Afinal, é um escritor famoso e colunista do Jornal “O Santa.” E para quem gosta do que ele escreve, recomendo o livro “O impostor.” E quem sou eu? Apenas Felipe Emílio Gruetzmacher, membro da SEB (Sociedade dos Escritores de Blumenau), estudante de Gestão Ambiental, blogueiro desconhecido no meio virtual e só. Acontece que o nosso amigo Maicon me criticou através de uma de suas colunas. Para quem quer ler, basta acessar o link abaixo:

http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,2813699,14143

Meus colegas Sebianos e eu não podemos ser considerados escritores. Será que, na opinião dele, não somos suficientemente talentosos? Não sei... O que mais me deixa impressionado é que ele nos alfineta e não aponta o porquê de sermos tão ruins. O Blog dele funciona segundo o lema de Voltaire, ou seja, qualquer um pode discordar dele, desde que essa pessoa aponte o porquê disso tudo. Em contrapartida, as palavras do nosso amigo Tenfen não passaram de críticas vazias e argumentos pouco profundos. Afinal, por que a SEB merece tantas críticas?

Bom, chega de falar dele. Vamos falar o porquê de eu ingressar na SEB no ano passado. Fiz isso para ver se sou capaz de desenvolver o meu talento, crescer como escritor e desenvolver uma consciência crítica, afinal, a leitura e escrita fazem com que a pessoa consiga pensar por si própria. Aprendi a transferir minhas idéias para o papel com a SEB. E isso complementou o que estudo na faculdade.

Maicon Tenfen é um oceano de sabedoria literária. Pinta e borda do jeito que quer. Distribui palpites, alfineta Deus e o mundo. Do mesmo jeito que tantos outros, sua fama é conquistada através da polêmica. E tem todo o direito, afinal, a razão sempre está com ele. E eu? O que sou? Não sou escritor. Sou apenas alguém que já passou da fase de alfinetar todo mundo sem razão alguma.

Apenas busco fazer as pessoas refletirem com o meu blog sobre Educação Ambiental...

E como diria o velho ditado, cão que late não morde.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Não sei o que é Avatar.


Todos os meus amigos estão querendo que eu vá assistir ao mais novo filme do James Cameron. Disseram que eu ia amar. Até agora, eu não fui ao cinema. E nem pretendo ir tão cedo. Nada do cinema me interessa e por causa disso, fiquei impressionado com a insistência dos meus amigos em me levar ao cinema para ver o filme. Li uns resuminhos rápidos na internet e só. Só sei que num futuro, a humanidade precisa de uma fonte de energia chamada Unobtainium e para isso, o herói do filme tem a sua mente transplantada para o corpo de uma criatura chamada Na’vi. E com esse novo corpo, ele pode se adaptar a atmosfera do planeta Pandora, ao mesmo tempo em que aprende sobre a cultura do povo de lá. Lógico que isso tudo não passou de uma grande e elaborada farsa para que a humanidade pudesse compreender sobre o povo do planeta de Pandora e desse modo, conquistar o planeta e ter uma nova fonte de energia. Bom, esse é tudo o que sei sobre o filme e já me trouxe algumas boas reflexões. Sei que por trás daqueles efeitos especiais, existe uma forte crítica contra a sociedade e o modo como nós tratamos a natureza. Mas... Cão que late não morde. Criticar é uma coisa. Saber identificar a origem do problema e desse modo, solucioná-lo é outra coisa.

Críticas contra a nossa falta de respeito ao meio ambiente não falta. Está em tudo. Desde músicas, revistinhas em quadrinhos, filmes e etc. E continuamos a persistir no erro. Por que a sociedade é assim? Do que precisamos para que a sociedade se mobilize para mudar de forma definitiva? Respondo tudo isso com uma outra pergunta... Por que precisamos estudar? Já tentaram me iludir muitas vezes. Quando perguntava o porquê de eu precisar estudar, que era uma coisa que eu detestava, os professores e demais adultos respondiam algo como “porque você precisa arranjar um bom emprego e crescer na vida.” Está tudo errado. Comecei a aprender realmente sobre a vida fora dos bancos escolares... Li em livros o quanto que a nossa escola forma cidadãos despreparados, inocentes e acomodados. Os professores insistiam em me ensinar o que era um dígrafo, sem se preocupar em querer me explicar para o que serve.

Vi muitos colegas desistindo da escola por se sentirem frustrados ao serem obrigados a engolirem conteúdos aparentemente inúteis. Não importava o sucesso ou o insucesso acadêmico. Aqueles que consigam um bom emprego tinham suas vidas sequestradas pelo emprego. Quer dizer, a filosofia de querer crescer cada vez mais economicamente já está nas nossas vidas desde o momento em que nós ouvíamos “estude para conseguir emprego” dos nossos pais. Empresas e instiuições prosperam economicamente. E daí? O país só caminha na direção do crescimento econômico e não se preocupa com o desenvolvimento social. Do que adianta, por exemplo, termos um país onde empresários e bancários põe a mão na maior parte dos lucros, enquanto pessoas sobrevivem catando comida nos lixeiros? Não é póssível eliminar a pobreza apenas com a geração do lucro. Se fosse por isso, não haveria pobreza nos Estados Unidos e nos outros países ricos. Agora, o que isso tem a ver com o nosso relacionamento com o meio ambiente? O que conta para um país é crescer na direção da economia. Essa filosofia está tão enraizada em nossas mentes que fazemos de tudo para que isso ocorra. E tudo começa na escola, um local onde viramos apenas engrenagens para que a máquina capitalista funcione. Desse modo, pouco importa se usamos agrotóxicos nas nossas lavouras por exemplo. Apesar de sabermos que isso contamina o solo, o ar, a água e traz problemas de saúde, precisamos fazer isso para garantir que nenhuma praga sobreviva. Afinal, produção é sinônimo de lucro e lucro é o que importa. E para que gastar dinheiro com pesquisas envolvendo energia solar se já temos as termeléticas em pleno funcionamento? Apesar da poluição atmosférica que ela produz, ela é a melhor opção, ao menos do ponto de vista de uma sociedade preocupada com a questão da produção e lucro. Poderíamos trocar o diesel pelo biodiesel, um combustível não tão poluente, mas a situação não é propícia, afinal, a maioria dos nossos veículos usa o diesel. A mata ciliar, a vegetação que ocorre nas margens dos rios e mananciais precisa ser tirada, apesar dos protestos por parte dos ambientalistas, para dar lugar ao cultivo e a prática agrícola. Agricultores sempre procuram o solo mais fértil para poder lucrar cada vez mais. Os exemplos citados anteriormente nos fazem entender o porquê da sociedade não conseguir adotar uma nova postura. Crescimento da economia, empresas lucrando e a busca pelo lucro são coisas que não se podem ser encaixadas com preservação ambiental e a busca por melhores condições de vidas da maioria. Ao mesmo tempo, acreditar que o avanço tecnológico pode conciliar progresso com qualidade ambiental é inocência. Afinal, do que adianta termos coletores solares, se ainda continuamos a buscar o carvão mineral para produzir eletricidade para as nossas casas? Não parece um beco sem saída? Não é. Basta que a escola se adapte. Minha proposta é ensinar educação ambiental nas escolas. Vejamos um exemplo:

- Um dos temas trabalhos numa aula de educação ambiental é a poluição atmosférica. O diesel usado nos motores dos automóveis libera monóxido de carbono, um dos grandes poluentes.

O diesel provém do carvão mineral. Milhares de anos antes, o material já foi um ser vivo, um vegetal que absorvia monóxido de carbono. Ao morrer, entrou em processo de decomposição, ou melhor, seu organismo apodreceu e se transformou no carvão mineral. A queima dele faz com que o motor funcione, ao mesmo tempo em que libera o carvão absorvido pela planta nas épocas passadas. Dessa forma, todo o ar é poluído. Ao invés de usar o diesel, poderíamos usar o biodiesel. A produção dele é feita através dos óleos extraídos de certos vegetais. O girassol é um exemplo. Tudo o que precisamos fazer é plantar. A queima do biodisel produz carbono. Em contrapartida, todo o carbono produzido pelo biodiesel é absorvido pelas Oleaginosa, plantas que produzem óleos usados como fonte do biodiesel. Logo, uma coisa neutraliza a outra. Esse tema é chamado de ciclos biogeoquímicos e faz parte de várias ciências como a ecologia e a química orgânica. Lógico que nem tudo é perfeito. Se plantarmos girassóis para alimentar os nossos motores, estaremos deixando de plantar alimentos. Nesse caso, a sociologia e a geografia tem um importante papel para solucionar esse problema, já que ambas estudam os problemas da sociedade e a fome é um dos nossos males. Combustíveis é um dos vários exemplos que poderia estar citando. Só queria deixar bem claro o quanto que a educação ambiental pode integrar as mais diferentes disciplinas. Como no caso da poluição atmosférica, unimos ecologia, química, sociologia e geografia. É a visão holística, uma integração das ciências exatas e humanas. E ela é fundamental para preparamos cidadãos preocupados com a qualidade de vida e em conciliar desenvolvimento humano, economia e meio ambiente.

Isso quer dizer que precisamos saber de tudo? Não! Vamos saber, ao menos, um pouqinho de tudo, sem abrir mão do conhecimento específico. Um bom exemplo é o médico consciente de que a maioria das doenças são adquiridas por vivermos em um ambiente poluido. Só assim esse mesmo médico vai poder exigir mudanças no país, como tratamento adequando para o lixo. É hora de parar de aprender o que é inútil e se dedicar a procurar apenas o que é fudamental para podermos mobilizar a sociedade em nome da causa ambiental. A filosofia do “estude para conseguir um bom emprego” é a primeira coisa para se jogar fora. Educar é, antes de tudo, fornecer meios para que o indivíduo transforme o espaço ao seu redor em nome do bem comum. Senão, continuaremos saindo do cinema, após assistir Avatar e não sabendo por onde começar para reverter a situação.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quem governa os governantes?




Pergunte a um ambientalista se ele sabe quais os prejuízos ambientais causados pelo consumo de energia elétrica. O que ele responde? Uma usina termoelétrica, por exemplo, queima combustível fóssil (carvão) e esse processo lança poluentes atmosféricos. A geração de eletricidade através da fonte eólica, ou melhor, a produção de eletricidade feita com aqueles “cata-ventos” gigantes produz poluição sonora e poucos são os lugares onde há uma corrente de ar suficientemente forte para movimentar aquele as hélices enormes. Ao final da explicação dele, ele dirá que toda a forma de gerar energia elétrica pode apresentar algum prejuízo para o ambiente ou é cara demais ou tem algum defeito. O discurso é sempre o mesmo. Reduzir o consumo é necessário. Agora, pergunte ao mesmo ambientalista, se ele poderia viver sem uma geladeira, por exemplo. Esse é o problema. Os mesmos ambientalistas que tanto defendem o meio ambiente são tão agressivos ao planeta quanto aquele pessoal que nem sabe o que é ecologia. Afinal, o tempo das cavernas já passou e estamos vivendo em pleno século 21, época de desfrutar de maravilhas tecnológicas e deixar que o mundo pague a conta do nosso progresso. Perguntar sobre geladeira deixa qualquer ambientalista numa situação complicada.  Os ambientalistas estão errados? Nem tanto. Planeta preservado é sinônimo de qualidade de vida. Um exemplo de luta nobre travada pelos "eco-chatos" é a erradicação da fome. Distribuir cestas básicas para a população não basta. Plantar, cultivar e colher alimentos, legumes e verduras são prejudiciais ao ambiente, afinal, as nossas plantações absorvem todos os nutrientes do solo e ele fica pobre. Ecossistemas inteiros são devastados por causa disso. Toneladas de alimentos tirados da terra vão parar no estômago dos bois. Para engordar um quilograma do boi e saborear um churrasco, precisamos cultivar vários quilogramas de alimentos. Com esse meio de produção, não há forma de suprir todas as necessidades da humanidade. E não é só. Por causa da nossa paixão por hambúrguer, o solo fica degradado, inférteis e muitos litros de água são usados para criar cabeças de gado. Dessa forma, é óbvio que faltará água e alimento para algumas pessoas. Para complicar mais ainda, 40% do que o porco consome, por exemplo, é eliminado pelas fezes. Há outro problema. O que fazer com tantos dejetos? Não é raro quando ambientalistas se enfrentam com pecuaristas e ruralistas. Resolver o problema da fome não é algo complicado. Novos hábitos alimentares precisariam ser adotados.

Técnicas e inovações tecnológicas seriam uma boa saída para aumentar a produtividade do solo. Produziríamos mais com menos. A idéia principal que necessita ser extraída dos exemplos acima é que todo o ambientalista se preocupa com causas nobres, como por exemplo, a erradicação da fome. A geladeira serviu como uma espécie de crítica, apenas para compreendermos o quanto é difícil ser ambientalista nesse mundo tão moderno e ao mesmo tempo, tão devastado. Nossas tecnologias podem destruir planetas inteiros! O pior é que o ser humano está dependente de tudo isso.

Trocando de assunto, o que importa entender é que o progresso é uma muralha na qual esbarramos quando queremos lutar por algo melhor. Veja, por exemplo, o lema tupiniquim “Ordem e Progresso”. A sociedade, sendo um corpo vivo, precisa de cada parte executando suas funções. Pelo bom andamento do país, nenhuma idéia pode permanecer nessa trilha, senão, vai obstruir os trilhos do progresso. O que escolher?

O dcrescimento econômico das nações ou preservar o planeta? Os nossos amigos norte-americanos escolheram a primeira opção. Ninguém lá se interessou muito quando o assunto foi reduzir a poluição atmosférica. Afinal, cada centavo economizado é um pequeno ganho e faz muita diferença para a empresa e desse modo, o país cresce.

Investir em tecnologias para corrigir as poluições, tratar os gases tóxicos expelidos pelas chaminés das fábricas é dinheiro perdido. Ótimo para o país, péssimo para o planeta. Para não dizer que a crítica foi atingiu somente os norte-americanos, o Brasil, também merece uns belos puxões de orelha. O nosso “paraíso verde-amarelo” é o 4º na lista de países que mais contribuem para o efeito estufa. Nossas chaminés nem vomitam tantos gases tóxicos como acontece nos Estados Unidos. É que a nossa Amazônia, berço de uma infinidade genética, é devastada constantemente. Não é nenhuma novidade que árvores são derrubadas para que a madeira se transforme em móveis e que áreas do tamanho de campos de futebol são devastadas para serem usadas na prática agrícola. E como a população do país pode sobreviver madeira? Precisamos dela para tudo! E agora? Precisamos mesmo optar entre o progresso e o planeta? Se o texto semeou a dúvida em seu coração, então, uma parte do objetivo foi alcançada.
 O desenvolvimento dos países ricos é o principal alvo dos questionamentos levantados por esse blog. Afinal, vale a pena sacrificar o mundo pelo desenvolvimento? Comecemos pelos Estados Unidos. O que dizer de um país que começou uma guerra por causa do petróleo? Eleito um novo presidente, a chama da esperança foi despertada... E depois, foi apagada quando nada foi resolvido no encontro de países para discutir as propostas superar o aquecimento global. Eles, a maior potência do mundo, deveria dar o exemplo quando o assunto é a tomada de consciência... Mas... Mesmo sendo o país mais rico do mundo, a pobreza persiste. Nunca, em terras norte-americanas, a palavra “crise” é pronunciada, mesmo com milhares de pessoas sendo atormentadas pelo fantasma da miséria. Agora, quando banqueiros e empresários se deparam com o risco de falirem por causa de alguma investida má sucedida no jogo econômico, a palavra “crise” é lembrada. Quer dizer, crise é quando ricos estão ameaçados de ficarem pobres. Nessas circunstâncias, o governo ajuda, doa e realiza empréstimos de bilhões de dólares para esse pessoal.

Imagine que essa crise não tenha ocorrido. Já pensou em investir todo esse dinheiro para acabar com a pobreza norte-americana? Sim! O governo, os bancos e empresários possuem dólares suficientes para exorcizar o fantasma da miséria das terras norte-americanas para sempre! Quer uma prova? Lembra da crise econômica de 2008? Os Estados Unidos estudaram a proposta de investir 700 bilhões de dólares tirados do bolso do contribuinte para resolver a crise. Pouco dinheiro? Além desses 700 bilhões, havia mais os 500 bilhões que antes mesmo da chegada dos 700 bilhões, já estavam nas mãos dos banqueiros. E além dessas duas quantias, ainda existiam os bilhões de dólares vindos da Europa para resolver o problema da crise. Se dividíssemos “apenas” os 700 bilhões entre toda a população humana, no caso, 6,7 bilhões, entregaríamos 104 milhões para cada um. Cada pessoa do planeta seria milionária! Já a Espanha investirá 30 bilhões em seus respectivos bancos para resolver a crise. Da onde vêm esses 30 bilhões?

Acertou quem falou a palavrinha mágica “imposto”! E como os políticos espanhóis são amigos amicíssimos dos banqueiros, o Estado pagará as dívidas adquiridas por eles. Dívidas que quando somadas, chegam aos 30 bilhões de euros! Segundo dados oficiais de 2008, a população espanhola era de 46.063.511 de pessoas e dividindo os tais 30 bilhões, cada espanhol receberia 652,18 milhões de euros! É muito dinheiro! Cada espanhol seria milionário! Quando os ricos passam por alguma crise, a maioria dos políticos sempre dá um “jeitinho” de ajudá-los. Tanto investimento valeu a pena? Lógico! Ao menos, nenhum banqueiro ou empresário de multinacional ficou pobre.

Resumindo, é muito dinheiro para pouca gente. Então, não faria diferença se os Estados Unidos usassem tanta dinheirada para investir em projeto de pesquisa. Alguns bilhões seriam gastos. Sem dúvida, a economia sofreria um pouquinho... Empresários e banqueiros perderiam alguns milhões... E daí? É hora de buscar uma nova forma de organizar a sociedade. “Progresso” não é necessariamente sinônimo de “país rico.”

País rico é aquela cuja população goza de boa vida. Não é isso o que ocorre. Queremos demais. A economia corre atrás dos números e acaba atropelando as pessoas. Cito um exemplo. Tratar da água, do ar e do solo não deixa de ser melhorias na qualidade de vida das pessoas. Imaginemos um exemplo simples. Com esgoto tratado numa favela, o número de doenças iria diminuir. Rios e demais corpos hídricos são seriam contaminados. E para que se faça uma omelete, alguns ovos precisam ser quebrados.

Nesse caso, os bolsos dos amigos políticos é que deveriam ser esvaziados por boa causa. Outro exemplo disso são os programas de educação ambiental e sexual para a comunidade. Se houvesse mais profissionais dedicados a ensinar e dar palestras sobre prevenção na hora do sexo, não haveria tantos filhos. A população diminuiria, assim como o consumo de recursos naturais. O problema é sempre o mesmo... Alguns milhões deveriam ser investidos no povo, ao invés de parar no bolso dos governantes. O salário deles é exorbitante! Voltando ao assunto da geladeira, como usá-la, sem agredir o planeta? Já que toda fonte de energia causa algum dano, vamos optar pelo menor. Ao invés de usarmos uma termoelétrica, por exemplo, hidrelétrica seria a melhor opção, num país com grandes quedas da água. E como o consumo de energia é proporcional ao impacto ambiental, quanto menos consumirmos, melhor para o planeta. Dessa forma, se a população parar de crescer, é melhor. O problema é que muitos empresários, políticos e donos de termoelétrica seriam prejudicados, afinal, ninguém deles desejariam gastar dinheiro com novas tecnologias “amigas do ambiente.” É justo que poucos enriqueçam, enquanto outros sofrem? E se os investimentos fossem feitos, ninguém passaria fome, mesmo com alguns bilhões “perdidos.” Eu, ao menos, sou daquela opinião de que se eu tenho casa, comida e roupas, ou seja, o essencial para poder viver, já fico feliz. Se eu virasse presidente, a primeira coisa que eu faria seria reduzir o meu próprio salário... Se todos tivessem essa forma de pensar, a locomotiva chamada “progresso” não atropelaria ninguém e, além disso, com desejássemos menos bens materiais, ficássemos somente na busca pelo suficiente para viver, o consumo seria desacelerado e o planeta não sofreria tanto. Pois é... A questão continua sem resposta. Como fazer um país crescer sem esquecer de proteger o meio ambiente, os recursos naturais e o próprio homem?

Desenvolvimento e crescimento:



O padeiro não assa pão por amor ao estômago do cliente. Faz isso porque quer ganhar dinheiro. O estudante tenta compreender as funções das células num organismo com o objetivo de ganhar dinheiro ao se tornar cientista e não faz isso por amor ao saber. Ele quer algo prático. Através desses exemplos, entendemos que a ambição do ser humano, o desejo de sempre querer mais e mais é que transforma e melhora a sociedade. Até que ponto a ambição é saudável? Vamos tentar solucionar esse enigma com outra pergunta.

Qual é a diferença entre crescimento e desenvolvimento? Crescimento significa acréscimo. Ou seja, quanto mais, melhor. É a tal busca desenfreada pelo lucro. Imagine uma locomotiva atropelando tudo o que está pela frente. Ética, justiça, meio ambiente, homem e natureza são apenas obstáculos para essa poderosa máquina desenfreada.

Logo, os países desenvolvidos não são tão desenvolvidos como nós pensamos ou não é assim? Qual é o tipo de lucro que precisamos? A indústria de armas, um negócio extramente lucrativo, principalmente em tempos de guerra, lucra trilhões. Há guerras que dão um “gás” para a economia dos países vencedores e eles crescem, tornando-se novas potências. Pela lógica, a indústria bélica é muitíssimo importante. Um agricultor que pratica a agricultura orgânica, ou seja, aquele cultivo de alimentos mais saudáveis, com menos pesticidas, menos venenos e vende o produto por um preço um pouco “salgado” (venda de produtos orgânicos é sempre mais cara) não é tão importante assim quanto um presidente de alguma indústria de armas. Ao menos, não do ponto de vista do crescimento econômico. Agora, o que é o desenvolvimento econômico? Uma economia em desenvolvimento é aquela que está crescendo e ao mesmo tempo, se tornando mais eficaz. Isso implica uma melhoria na estrutura, no design e na composição. Trocando em miúdos, é aquele que ao mesmo tempo em que gera lucro, se preocupa com a pobreza, a ética e a preservação dos recursos naturais. Num país que adota essa filosofia, uma empresa bélica nem ia sequer existir. O governo, ao invés de investir na indústria bélica, iria investir, por exemplo, na agricultura orgânica. Mesmo que não dê tanto lucro, a pobreza, de certa forma, seria eliminada. Temos que entender bem o significado da palavra “pobreza.” Pobre pode ser uma qualidade de vida.

Alimentos saudáveis produzidos com a agricultura orgânica poderiam acrescentar muita qualidade de vida. Notícias relacionadas com ingredientes tóxicos, pesticidas, fertilizantes químicos, doenças e moléstias fariam parte do passado. Agora, por que o desenvolvimento é sustentável? Solucionar essa questão depende de nós entendermos melhor a agricultura orgânica. Se pensarmos adiante sobre o tema agricultura orgânica, concluímos que ela se chama “orgânica” por trabalhar com material orgânico. Orgânico nada mais é do que o estrume. Pode ser muitas coisas. Desde casca de banana, até umas fezes de algum animal. Quem trabalha na lavoura conhece. Esse tipo de substância tem um punhado de nutrientes essenciais para o solo. A lógica é simples. Quando mais você planta, mais pobre o seu solo fica. Os nutrientes orgânicos enriquecem o solo. Até é uma questão de respeito com a natureza, afinal, alimentos são recursos fornecidos pela mãe terra e saber aproveita-los de maneira correta é essencial para o desenvolvimento sustentável. Usar, aproveitar e usufruir, sem nunca deixar faltar para ninguém e nunca agredir a natureza. Esse é um pequeno grande salto para erradicar a fome e um exemplo de como o meio ambiente e o homem podem se conciliar. Agricultura orgânica foi usada para explicar o termo “sustentável”, mas poderíamos qualquer outro exemplo, como a água, fontes energéticas alternativas e etc. E então, leitor, você acha que a maioria dos países está crescendo economicamente ou se desenvolvendo sustentavelmente? A notícia ruim é que nenhum político vai acatar essa idéia tão revolucionária. Em contrapartida, nós, pessoas comuns, poderíamos, através do voto e da crítica, tentar forçar nossos governantes a fazer isso. Se escritor Alan Moore, em sua obra Watchmen, nos perguntou “quem vigia os vigilantes?”, a pergunta feita por esse texto é tão ou mais filosófica.

Quem governa os governantes?

Nós, os cidadãos justos e honestos, ou o dinheiro, o lucro e a ambição desmedida?

sábado, 30 de janeiro de 2010

As grandes mentiras sobre Desenvolvimento Sustentável:




Em primeiro lugar, devemos entender o que é o desenvolvimento sustentável. Em uma linguagem bem simples, é uma forma de produzir, vender e consumir, sem agredir a natureza ou poluir. É fazer com que um país cresça economicamente, sem esquecer de zelar pela boa qualidade ambiental. E não é só isso. Não podemos esquecer da preocupação com o aumento na qualidade de vida humana. Afinal, é lógico que um país rico financeiramente, com um ecossistema equilibrado, precisa se preocupar em diminuir a criminalidade, a violência, a exploração, erradicar a fome, o analfabetismo, proporcionar meios para que aconteça a geração de empregos e etc. Logo, o desenvolvimento sustentado está baseado na melhoria da vida humana, ambiental e econômica.



A disciplina relacionada com o desenvolvimento sustentável é a educação ambiental.

Apesar de ser tudo muito bonito no papel, a idéia apresenta algumas falhas...



1)A Mentira: O Nosso Planeta não tem solução.

A Verdade: Toda a espécie, seja humana ou vegetal, surge e depois de algum determinado tempo, sofre extinção. Foi assim com os Dinossauros que morreram por causa do meteoro. Depois que a vida humana desaparecer, o ciclo da vida vai continuar normalmente. Novas espécies virão e as velhas desaparecerão. O problema é que do jeito como estamos lidando com a natureza, já no final do século 21, toda a humanidade estará extinta. Ou seja, a poluição, a fome, as catástrofes naturais e a desigualdade social (ricos e pobres) estão acelerando a nossa extinção. Chegará o dia em que por causa da falta de recursos naturais, a espécie humana entrará em colapso. Haverá guerras e países inteiros serão devastados. Entretanto, sempre é bom tentar achar uma luz no fim do túnel. É possível erradicar a fome mundial, diminuir o abismo entre ricos e pobres, reduzir a criminalidade, fazer com que os países prosperem economicamente e ao mesmo tempo, evitar que a natureza seja degradada.



2)A mentira: Preservação Ambiental não tem nada a ver com crescimento econômico ou demais problemas sociais como a fome, miséria e a violência.

A Verdade: Tudo está interligado. Tomemos os Estados Unidos como exemplo. Para que as indústrias possam produzir e o consumidor comprar, muitos recursos naturais são utilizados e o meio ambiente é agredido. O petróleo, um típico combustível fóssil, é um dos recursos mais utilizados pelo povo americano que adora comprar carros cada vez mais velozes e que gastam cada vez mais. Dessa forma, mais e mais toneladas de partículas venenosas são expelidas pelos canos de escapamentos dos carros, contribuindo para o efeito estufa. O vidro da garrafa de coca-cola vai se tornar lixo. Os resíduos químicos e as substâncias usadas pela indústria têxtil para colorir as nossas roupas, o detergente usado para lavar pratos e copos vai poluir corpos hídricos (rios, riachos e etc.). Todos os exemplos citados acima são importantes para aprendermos como é que o consumo e a indústria poluem. Como num ciclo vicioso, o que é importante é ganhar mais e mais dinheiro. Logo, o recurso natural se tornará cada vez mais escasso para que a indústria automobilística lucre. Vamos compreender outro exemplo. A indústria alimentícia precisa da prática agrícola para crescer. Então, florestas, tundras e demais ecossistemas darão lugar a campos onde se planta, se cultiva e se colhe. Obviamente, isso reduz a fertilidade do solo, acaba com os nutrientes e prejudica a biodiversidade. Grãos, legumes, cereais e demais alimentos não vão parar no estômago das pessoas. Pelo contrário. Para engordar apenas um quilograma de um boi, muitos quilogramas de soja, por exemplo, são usados.

E por isso, é que falta comida. E daí? Infelizmente, o que importa é o crescimento do setor industrial. As conseqüências são terríveis. Nosso modo de produção de alimentos não é suficientemente eficiente para produzir alimentos para todos. Além disso, o churrasco gordurento e o hambúrguer calórico são exemplos de alimentos tradicionais que nós estamos acostumados a comer e nos fazem mal. Deveríamos trocar os nossos hábitos alimentares. A redução da fertilidade do solo, a fome e a obesidade estão relacionadas. Muitas antigas civilizações, por exemplo, desapareceram por causa da infertilidade do solo. Ou seja, o solo ficou em nenhum nutriente e improdutivo. Mudando de assunto, sem esquecer de  seguir essa linha de raciocínio, veremos que a quantidade absurda de carros circulando nas ruas é um dos motivos principais pelo aparecimento do efeito estufa. Além disso, a fumaça e a poluição provocam problemas respiratórios como náusea, câncer e demais males. O ruído dos motores são fontes de poluição sonora e provocam graves problemas emocionais como stress. Mais carros circulando aumentam o risco da ocorrência de acidentes automobilísticos. Jogar produtos químicos na água, desperdiçá-la e a falta de tratamento para despoluí-la são os motivos que interligam a escassez, a falta de água, poluição e miséria, afinal, a pobreza não é só falta de dinheiro.

É falta de tudo o que é indispensável para a sobrevivência humana como água. Há regiões aonde o descaso com o meio ambiente chega ao absurdo. O ar é poluído, o esgoto corre ao céu aberto, a água não recebe tratamento adequado, falta alimento e casas são construídas em locais irregulares com solos frágeis. Quando chove, a terra vira uma massa pastosa e todos morrem soterrados. Quem logo imaginou uma favela está coberto de razão. A exclusão social e a marginalização são produtos do desrespeito ambiental. Ironicamente, em locais como esse, pode faltar tudo. O que não falta é uma televisão e uma antena parabólica. Sem esperanças de melhorias, perspectivas, com a falta de informação adequada e uma boa formação escolar, as pessoas pouco se importam se estão vivendo como porcos. Afinal, não há nada para fazer. Não é a toa que a televisão é a “cocaína dos ignorantes.” Com isso, políticos corruptos e canalhas salafrários sobem ao poder e enrolar a população. Outro exemplo pode nos fazer compreender melhor. Um sapo colocado numa panela de água fervente vai reagir imediatamente. Com um salto, ele vai escapar do perigo. Agora, se você colocá-lo na mesma panela com a mesma quantidade de água e ir aumentando a temperatura aos poucos, o anfíbio nem vai notar. Logo, em pouco tempo, teremos uma “sopa de sapo.” Estamos sofrendo aos poucos e nem notamos. Chegará o dia em que não haverá chance de pular para fora da panela. Educação ambiental é algo relacionado com o combate a poluição, desemprego, miséria e a falta de cultura. Então, por que a educação ambiental que é tão relacionada sobre desenvolvimento sustentável, nunca mostrou esse “outro lado”? As escolas, por exemplo, nunca mencionaram que preservação ambiental está relacionada com a qualidade de vida humana e com o crescimento econômico. Tem professor que nem sabe da metade dessas coisas que são comentadas no blog! Quem elabora os conteúdos dados na escola são os políticos e outros demais funcionários. Se a situação fosse invertida, haveriam professores bem informados dispostos a mobilizar a sociedade para mudá-la. Logo, todos nós iríamos querer lutar contra a corrupção e os abusos cometidos pela classe política corrupta. Compreende? Pois é...



3) A Mentira: O aumento populacional prejudica o equilíbrio ambiental do planeta.

A Verdade: Essa mentira é imensamente perversa. Entretanto, esta é uma meia mentira. A lógica é simples. Mais pessoas significam maior número de consumidores. E mais consumidores aumentam a demanda. Com isso, mais e mais recursos naturais e hídricos serão usados, agredindo o meio ambiente de forma irremediável. Que tal entender melhor? Um exemplo seria a produção de papel. Mais pessoas usando o papel equivale a mais árvores sendo cortadas. Um maior número de gente nascendo e pessoas vivendo mais por causa dos avanços da área médica fazem com que a população cresça.

Logo, seria lógico pensar que o planeta sofre por causa desse crescimento populacional. Ou não? A questão é mais complexa. Cada país tem a sua cultura. Os americanos consomem mais.

Eles, por exemplo, tem o maior número de carros poluentes, as empresas mais poluidoras, compram mais produtos que não podem ser reciclados e assim por diante.

Se todos agissem do mesmo jeito, o planeta iria acabar logo, logo. Agora, vamos imaginar um país onde os políticos e as pessoas se preocupam com a questão ambiental.

Um bom exemplo são os países da Europa. As pessoas preferem se deslocar usando uma bicicleta, ao invés de usar o carro. Os produtos usados por eles são recicláveis e biodegradáveis. Se todos adotassem esse estilo de vida europeu e se preocupassem com o meio ambiente, a degradação ambiental não seria tão grave. O crescimento da população não é inteiramente responsável pela degradação ambiental. Concluindo, os dois principais fatores responsáveis pelo descaso ambiental são os aumentos populacionais e os hábitos relacionados com o consumismo de alguns povos. Para resolvermos isso tudo, basta que haja uma diminuição na população, no consumo e repensar em nossos hábitos. Se pararmos de consumir tanto, as empresas serão obrigadas a não tirar tantos recursos naturais do meio ambiente.

Reduzir a população para reduzir o consumo é uma alternativa, mas não resolve tudo.

Como reduzir o crescimento da população? As formas são várias. As escolas, por exemplo, deveriam mencionar sobre as responsabilidades envolvendo um filho. Como é no período da adolescência que mais ocorre gravidez indesejada, a escola poderia informar que ter um rebento equivale a gastos exorbitante de dinheiro. Educação, fraldas, higiene, alimentação e vestuários são exemplos desses gastos. Filho é algo para toda a vida e antes de tê-lo, o casal precisa pensar e se sentir preparado. A escola, como já citada, em o dever de informar sobre métodos como a camisinha e etc. Sexo deveria parar de ser tabu. Até a igreja deveria se manifestar a favor da camisinha e do planejamento familiar. As igrejas, não importando quais são, deveriam implantar projetos e programas relacionadas com a educação sexual e a prevenção de gravidez indesejada. Locais como favelas são as mais necessitadas desse tipo de auxílio. Educar uma população não é missão apenas da escola. Erradicar a pobreza envolve planejamento. As oportunidades de emprego criadas dentro de uma favela, por exemplo, podem suprir as necessidades de quantas pessoas? Quanto dinheiro precisa ser investido para criar cursos profissionalizantes e promover a geração de emprego? Esse é o tal do planejamento e na hora de fazer esse tipo de coisa, precisamos pensar sobre muitas coisas e o aumento populacional é uma delas.



4)A Mentira: Desenvolvimento Sustentável é uma mentira criada pelos países pobres para barrar o avanço econômico dos países ricos.

A Verdade: Para entendermos melhor isso, precisamos saber um pouco o carbono, um dos grandes pesadelos dos ambientalistas. Por que o ser humano é tão dependente o carbono? Muitas empresas, como aquelas dos países ricos, não têm como produzir seus produtos e evitar poluir. A indústria automobilística é um exemplo. Aquela fumaça do cano de escape dos carros é rica em carbono e agrava diversos problemas ambientais. A produção de papel depende da derrubada de árvores. Como num ciclo, as árvores absorvem o carbono e produzem ar puro. Logo, o “verde” é indispensável para “reciclar” o ar. Quanto mais usamos a madeira para produzir papel, mais tiramos a capacidade que o planeta possui para se “recuperar”. Já imaginou viver sem energia elétrica? Pois é... A usina termoelétrica queima o carvão mineral (minério tirado da terra). A queima produz calor, faz uma grande quantidade de água evaporar e o vapor movimenta motores e estes produzem energia elétrica. O importante é entender que a queima do carvão produz carbono. Os exemplos citados acima nos auxiliam a entender a relação entre atividade industrial e produção de carbono. Países ricos, aqueles com uma industrialização avançada, serão prejudicados se precisarem reduzir a produção de mercadorias e o consumo para impedir que o carbono afete o equilíbrio ambiental de forma irreversível. Então, segundo os governantes dos países ricos, o progresso econômico será prejudicado por causa do tal “desenvolvimento sustentável.” Lucrar, produzir e consumir, sem poluir é, na opinião deles, inviável. Esse foi o discurso do nosso amigo George W. Bush sobre desenvolvimento sustentável. A desculpa, apesar de ser esfarrapada, foi convincente e o povo norte-americano ainda sofre com a péssima qualidade ambiental. O que importa é fazer com que nossos governantes acreditem que o avanço econômico e o sucesso empresarial podem ser conciliados com o meio ambiente.



5)A Mentira: A tecnologia fará com que o crescimento da economia seja conciliado com o meio ambiente.

A Verdade: Essa, sem dúvida, é a maior hipocrisia. Através de bons exemplos, vamos entender tudo isso. O papel, por exemplo, não pode ser reciclado infinitamente. Cada vez que ele é reciclado, um pouco de sua resistência é perdida. Bom seria conciliar o plantio e a reciclagem. Soluções tecnológicas sempre apresentam falhas e precisam vir acompanhadas de alternativas. Energia elétrica é algo indispensável para a vida humana e a produção dela gera diversas formas de poluição. As atividades das usinas termoelétricas produzem uma quantidade enorme de carbono... Apesar disso, graças a elas, podemos usufruir de energia elétrica. Além disso, as empresas não têm como lucrar e evitar a emissão de gases como o gás carbônico. Na opinião de alguns ambientalistas, a tecnologia concilia tudo isso. Usinas hidrelétricas não poluem tanto e podem ser usadas no lugar de usinas termoelétricas. Como? Imagine algum acidente geográfico. Ou melhor, pense em alguma cachoeira. A queda da água faz com que motores funcionem e isso produz energia elétrica. Bom? Nem tanto. Essa tecnologia também pode provocar alguma alteração ambiental. Toda a água precisa ir para algum lugar. No caso, uma represa é o local ideal para armazenar a água depois de ela passar por uma cachoeira. Obviamente, a represa, antes de virar represa, era um local próximo ao acidente geográfico (cachoeira). Logo, é bem provável que existam muitas plantas e vegetais, afinal, a água e a vida vegetal se completam. Há casos onde florestas inteiras viraram represas e que agora, estão debaixo das águas. Até uma hidrelétrica pode prejudicar um ecossistema. O Brasil é um belo lugar com acidentes geográficos aos montes. Cachoeiras são coisas que não nos faltam. E no caso de países onde a natureza não é tão abençoada? Geração de energia eólica pode, inicialmente, representar uma resposta para o problema do carbono e da termoelétrica. Para quem não sabe, “cata-ventos” gigantes instalados em locais estratégicos giram e o movimento de rotação produz energia elétrica. O problema é que nem todos os países contam com correntes de ar suficientemente fortes. Há locais onde a tecnologia não resolve. Há pontos positivos e negativos no nosso progresso científico e por isso, a tecnologia pode ajudar a conciliar progresso econômico e ambiental, mesmo que não seja de forma completa. Como já foi citado, as soluções tecnológicas precisam vir acompanhadas de uma redução no consumo e na população.

6)A Mentira: A educação é a única forma de implantar o desenvolvimento sustentado.
   A Verdade: Mais uma meia verdade. É que quando alguém fala em educação, a escola é a primeira coisa que nossa imaginação busca. A educação formal, aquela desenvolvida dentro de uma sala de aula consegue educar as futuras gerações e somente isso. Mesmo que seja importante, o planeta exigie resultados mais imediatos. É preciso conscientizar as gerações do momento presente. Vamos pensar em mudar a mentalidade de todos. Para isso, a educação informal é uma alternativa. A educação informal, como o próprio nome diz, é algo que acontece na informalidade, fora da sala de aula. Este blog é um exemplo dessa prática. E você não pode imaginar o número de resultados positivos obtidos num curto prazo. Vamos compreender através de um exemplo. Em regiões mais atrasadas, certas populações consomem água de rios contaminados com esgoto humano. Um gasto exorbitante na área da saúde é realizado por causa das inúmeras doenças adquiridas pelo consumo desse tipo de água. Trata-se, então, de uma população pobre. Pobreza não é só falta de dinheiro. É falta de qualidade de vida. Nossos políticos nada fazem. Existe uma regra bem clara para alguém que quer se tornar político: O povo gosta de ser enganado. Ou seja, se você tratar a água consumida, as pessoas vão precisar pagar uma taxa extra pelo serviço. Em compensação, a qualidade de vida vai subir. Como todos são analfabetos ambientais e não compreendem que água limpa é sinônimo de qualidade de vida, a população nem prefere pagar a taxa e beber água contaminada. Se algum político resolver implantar o tal projeto de tratamento, ninguém vai votar nele. E então, forma-se um ciclo vicioso. O que fazer? Educação informal é parte da solução. Nossos políticos adoram uma propaganda. O filme "Lula, filho do Brasil" é um excelente exemplo. Logo, que tal se nossos políticos, jornalistas, blogueiros, marqueteiros e demais profissionais relacionados com a propaganda divulgassem mais essa parte do meio ambiente por meio de revistas, sites, rádio, cinema e programas de televisão? É preciso despertar a consciência, fazer com que as pessoas "comuns" associem qualidade de vida com o meio ambiente.  

Façamos isso pelo Bem do Mundo!