O que a corrupção, falsas promessas de políticos, a existência das favelas nos morros do Rio de Janeiro, a violência, o tráfico de drogas e o meio ambiente tem a ver? Fiz uma pesquisa para conhecer a ligação desses elementos descritos acima. Bom, não é novidade nenhuma que o Rio de Janeiro foi vitimado por uma terrível enchente nesse ano de 2010. Segundo minhas fontes, foram 219 mortos, 161 feridos, 11.562 desabrigados, 22 municípios afetados e 10,3 milhões de moradores atingidos. Foi uma catástrofe parecida com aquela que se abateu sobre Santa Catarina no sombrio ano de 2008. Segundo o IBGE, Em 1960, 1 em cada 10 cariocas vivia nas favelas. Atualmente, 1 em cada 5 moradores mora nas favelas. Muitas pessoas constroem barracos, casas e casebres nos morros cariocas e estes, por causa de seu formato acentuado, dão impulso à água da chuva, como num enorme “tobogã.” O solo dos morros do Rio de Janeiro é irregular, tem uma espessura de 1 a 2 metros de terra que cobrem as rochas subterrâneas e por esse motivo, essa fina camada não consegue absorver a água da chuva que corre morro abaixo, levando casas, terras, construções, rochas e vidas humanas. Quando um ambientalista ou algum geólogo buzina nos ouvidos das autoridades que construir casas em cima dos morros e encostas como acontece com a favela da Rocinha, por exemplo, eles são taxados como “eco-chatos”. Agora, por que as pessoas insistem em moras nas favelas? O que isso tem a ver com os demais problemas citados acima? No Rio de Janeiro, os barracos começaram a brotar os anos 80 e nenhum governante preocupou-se em fiscalizar. Não havia estudos sobre de que modo o meio ambiente poderia ser afetado ou se a área era segura para ser habitada. Os políticos, querendo mais e mais votos, preocuparam-se em apenas conquistar a confiança da população. Então, asfaltaram as ruas, forneceram energia elétrica e água encanada. Com tantas melhorias, a favela atraiu as pessoas como moscas no mel. As favelas cresceram em tamanho e muitos morros foram ocupados. Estamos sentindo as conseqüências só agora. Nos anos 50, por exemplo, por causa da chegada de muitos nordestinos, a população das favelas cresceu assustadoramente, como se construir esse tipo moradia fosse sinônimo de progresso para a cidade. Darcy Ribeiro, que foi um vice-governador, chegou ao cúmulo de dizer “Favela não é problema, é solução.” Leitor, desconfie dos atos dos políticos. A maioria só está manipulando o eleitorado com promessas vazias e obras inúteis. Bom político é aquele que sabe trazer o progresso, sem que isso agrida o meio ambiente. Há uma única (e barata) solução para esse problema. A cidade precisa ser urbanizada de modo sustentável. Seguir o que os ambientalistas dizem, não construir mais em áreas de riscos. Legalizar os imóveis, ou melhor, construir com a autorização da prefeitura e de engenheiros competentes. Senão, a situação permanecerá no informal, ou seja, a prefeitura não terá meios para fiscalizar e desse modo, dá-se chance para toda e qualquer tipo de atividade ilegal como o tráfico de drogas.
É não é o que acontece nas favelas? Pois é... Há locais onde nem a polícia tem coragem para entrar, afinal, o poder pertence aos criminosos. São eles que fiscalizam, ditam as regras e comandam. Outras soluções seriam o uso de radares meteorológicos para monitorar as tempestades, construir boas galerias pluviais para dragar a água e etc. Isso seria um trabalho para engenheiros e meteorologistas preocupados com a questão ambiental, ou seja, de fazer com que a estrutura da cidade se adéqüe a natureza. Deveríamos ensinar educação ambiental nas escolas para moldar a mentalidade das futuras gerações e desse modo, impedir que políticos incompetentes sejam eleitos pelo eleitorado inocente. O que mais dói é que Santa Catarina sofreu do mesmo mal no ano 2008 e não aprendemos NADA com isso. O maior problema do brasileiro é a memória curta.
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É uma tristeza muito grande o desastre ocorrido no Rio de Janeiro. O pior, porém, não é saber o número de pessoas que estão sofrendo por causa dos desabamentos, mas sim ter consciência que as consequências dramáticas de tal acontecimento poderiam ter sido evitadas. Você está certo em afirmar que deveriam ser melhorados os meios para a prevenção de tempestades e a construção das cidades devem seguir à risca as indicações de ambientalistas. Deveria-se também educar os brasileiros de maneira mais crítica para que pudéssemos execer nossa cidadania de maneira plena. E enfim lhe deixo duas perguntas: a memória curta do brasileiro não seria causada pela alienação dos meios de comunicação, pricipalmente a televisão? Como você acredita que tal controle de opinião pode ser quebrado?
ResponderExcluirRespondendo as questões acima:
ResponderExcluirA questão é permitir a multiplicidade. A rede pública de televisão, com a criação da TV Brasil, poderia ter sido uma saída, mas o governo fez tudo errado. O correto seria que o Estado disponibilizasse canais, não adianta tentar produzir programação.
Seria fácil: criar 30 canais de TV para serem disponibilizados à população. Depois seria só colocar retransmissoras públicas nos centros urbanos, para os canais transmitirem programação independente. Uma medida simples, percebe? Bastava criar os canais e construir as retransmissoras. É uma questão tecnológica e de vontade política.
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