"Nós devemos ser a revolução que queremos ver no mundo."
Mahatma Gandhi
Não adianta ficar apenas criticando o mundo. Esse espaço do blog é destinado a informar você, leitor, sobre o quanto eu cresci e melhorei como pessoa. Sou vítima de uma doença chamada transtorno bipolar de humor. Conheço histórias de pessoas que se matam por causa disso. O suicídio é o único caminho para resolver os problemas que aparecem?
Não. Por isso, narro a minha caminhada em busca da cura. A pessoa já nasce com essa doença.
Eu tenho uma severa deficiência. Não tenho controle nenhum. Vou explicar:
De vez em quando, sou a pessoa mais rude, antipática, grosseira e vingativa que já pisou na terra. Quero brigar com todo mundo. Choro sem motivo. Acredito que todas as minhas amizades são falsas, elogios são críticas camufladas e assim por diante. Uma vez, fui suspenso por alguns dias do colégio por ter atacado um colega. Ao ouvir a palavra "viado", respondi com meus punhos. Fui ignorante, bruto e infantil. Quando estou assim, permaneço quieto, sem falar com ninguém, olhando com cara feia para todo mundo. Um "cala a boca" é a resposta que qualquer um ouviria da minha parte se cometesse o erro de abrir a boca. Qualquer crítica já me tira do sério. E sou assim mesmo, bem "pavio curto" e nervosinho. A tristeza no meu olhar, a forma desanimada como falo, a expressão no meu rosto e meu jeito de agir são simples detalhes... E são esses detalhes que fazem com que as pessoas pensem duas vezes antes de vir falar comigo. Perdi amizades e namoradas dessa forma. É como se eu gritasse "eu tenho uma auto-estima estraçalhada" sem perceber.
A tristeza me pega desprevenido e assim, desejo desistir de tudo. Não vejo graça na minha faculdade, nas minhas idéias e nada mais. Só quero morrer...
E de repente, meu humor muda bruscamente! Viro a pessoa mais querida, educada, gentil, e cordial de todas! E isso acontece sem motivo aparente. Estranho? Eu já acho trágico. Tem gente que me acusa de usar máscara e de ser falso. Elas não entendem como uma pessoa pode ser feliz, autência, verdadeira, amiga e educada num dia e tão diferente num outro. Sou um misto de emoções, alegrias exageradas e mágoas irracionais.
Tenho desafetos. Tenho amigos. Tenho a vontade de querer ajudar e fazer a diferença pelo mundo! E tenho minha doença... Com a escrita, tento afugentar meus medos e meus demônios interiores. Escrever é a minha terapia. Cada tecla apertada é um passo na caminhada em direção da cura. Com muita força de vontade, vou tentar evoluir espiritualmente e superar minha deficiência, mesmo que tenha que crescer aos poucos. Fiz uma promessa. E você, leitor, é a testemunha.
Duro feito cimento.
Assim é meu coração
sem sentimento.
Transtorno de emoção
é a temática escolhida
para ser transferida
nas linhas do meu verso.
Sendo assim frio e perverso,
não é fácil conviver com minha rudeza,
tenha certeza.
A sombra da tristeza me encobre.
Bipolar descobre
a luz brotando no fim do horizonte.
A esperança é uma fonte
que não se esgota.
Tem gente que se importa
com a moléstia dessa espécie de loucos,
tão loucos quanto poucos
e tão normais quanto o restante.
Por mais distante
que possa parecer a realidade do transtornado,
ele merece ser ajudado.
Compreender nosso suplício
são ossos do ofício.
Não se pode combater a doença, o vício,
com um quarto num hospício,
muitas pílulas para se dar com o pé,
a falta de fé
calmantes, injeções e uma seringa.
A força interior é o nosso coringa,
nossa carta escondida.
A doença entendida
já é o suficiente
para ajudar o paciente.
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Muito bom o texto.
ResponderExcluirÉ um bom sinal quando nos sentimos tristes e indignados ao vermos o sofrimento de outros semelhantes, principalmente quanto este sofrimento é devido ao descaso de nossas autoridades e até mesmo da sociedade da qual somos parte. Isto significa que nos importamos e que não estamos alheios.
Por menor que seja devemos fazer a nossa parte, tratando os outros com respeito e urbanidade. Um simples bom dia pode elevar o astral de uma pessoa que se sente abandonado e sem atenção.
É nosso dever lutarmos por um mundo melhor.