A notícia é velha. Mesmo assim, rendeu um bom assunto para o blog. Lembra daquela lambança chamada Copenhague, uma reunião entre líderes mundiais para discutir problemas ambientais como o Efeito Estufa? Naquela ocasião, deveria ser feito um acordo para reduzir as emissões gasosas de poluentes e desse modo, melhorar a qualidade ambiental. Claro que nenhum país aceitou isso com medo de ter sua economia engessada. Antes de continuar com o assunto, seria melhor descrever o que é o Efeito Estufa e a sua relação com Copenhague para auxiliar o leitor mais perdido.
Nosso planeta é aquecido pela energia vinda do sol. Nossa atmosfera possui alguns gases capazes de absorver a toda essa energia, como numa estufa. Com isso, o planeta consegue ficar mais aquecido e isso é importantíssimo para a vida. O aquecimento global é o fenômeno que ocorre quando esse calor aumenta em todo o mundo. Nossas industriais, carros, chaminés e outras fontes poluidoras jogam inúmeras substâncias em formas de gás que são responsáveis pelo aquecimento global. O dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são bons exemplos e essas substâncias dispersas na forma de gases na atmosfera aumentam a capacidade dela em absorver calor. E daí? Segundo alguns cientistas, isso está por trás do derretimento de calotas polares, furacões, secas, chuvas, tempestades, enchentes e outros fenômenos. Há o IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), um time de cientistas que avalia a relação entre poluição e clima mundial. Antes de acontecer a reunião Copenhague, um escândalo de enormes proporções ocorreu na Inglaterra. Dados confidenciais da Unidade de Pesquisa Climática (CRU) da Universidade de East Anglia foram vazados para o público. E essas informações revelam que o aquecimento global não é ocasionado pela poluição feita pelo homem. Ou seja, é tudo uma grande farsa elaborada pelos cientistas. O pior de tudo é que a CRU fornece informações para a IPCC e sendo assim, seria lógico pensar que os maiores especialistas na área de mudança climática estariam manipulando e distorcendo a verdade. O escândalo foi chamado de “Climagate”. Trocando em miúdos, a idéia de que a poluição gasosa produzida pelo homem afeta a climática planetária é uma mentira elaborada para que as empresas adotem uma postura “ecologicamente correta”. A conseqüência é o decréscimo na economia de muitos países. E agora? Quem está com a razão?
Estou apenas na faculdade e não tenho como definir isso, até porque não tenho nem a metade da experiência e do conhecimento dos gênios da IPCC. O aquecimento global pode ser verdade... Como também pode ser mentira. E daí? Vamos parar de buscar uma postura ecologicamente correta por causa disso? Não acredito mais na ciência. Todo o educador ambiental ou alguém que se interessa pelo assunto deveria deixar suas crenças científicas de lado. É a essência da educação ambiental.
Acredito, por exemplo, no dono de alguma empresa que trata o esgoto produzido durante o processo industrial, antes de descartá-lo. Pense na melhoria dos ecossistemas presentes nos rios e lagos trazida com essa postura e em quantas pessoas poderão consumir água potável.
Acredito nos engenheiros preocupados em construir mais ciclovias e desse modo, reduzir o número de carros nas ruas, o congestionamento, o stress, os acidentes, a poluição e a queda na qualidade ambiental. Mais gente transitando nas ruas significa menos gangues, arruaceiros e malandros se reunindo em ruas, parques e locais desertos para vender drogas, planejar assassinatos e etc.
Acredito nas associações e na cooperação de pequenos agricultores e na oportunidade do governo em investir neles para que o ambiente rural caminhe na direção do progresso, ao mesmo tempo em que se pratica a agricultura orgânica, sem venenos, agrotóxicos e outras químicas. Isso envolve, por exemplo, oportunidades de emprego, respeito ao meio ambiente e ao solo, alimentos de boa qualidade, aulas com engenheiros agrônomos e pesquisas para ensinar ao pequeno agricultor como é que se maneja o solo de modo adequado para garantir boa produtividade durante todos os ciclos.
Acredito na liberdade de pensamento, num novo ser humano, ética, na melhora de vida e do meio ambiente e na crítica contra a crença de que ciência é perfeita.
Precisamos de novas filosofias de vidas, posturas, valores morais e de novas formas de educar e de cidadãos com uma visão holística, ou melhor, a compreensão do todo. Todos os empregos, desde os mais simples, estão relacionados com a melhora na qualidade ambiental e da vida humana. Que fique bem claro. Se não, corremos o risco de adestrar a população, fazê-la obedecer a cientistas, líderes, governos e políticos nem um pouco éticos.
Precisamos da ciência e da política feita por homens conscientes.
Não vou opinar sobre aquecimento global e nem se o ambientalismo é correto ou não. Minha área de atuação é outra. É criticar. Ponto final.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Para o meu amigo Luiz Carlos Prates.
Alguém conhece Luiz Carlos Prates? Se você ligar a televisão na hora do meio-dia e sintonizar no Jornal Do Almoço, você verá o nosso amigo Prates criticando a incompetências das instituições políticas, a falta de moral, a nossa legislação ineficaz, a corrupção, a ignorância do nosso povo e etc. Pois é... No dia 21 de fevereiro, no domingo, o nosso amigo Luiz Carlos Prates criticou a Campanha da Solidariedade 2010 em sua coluna no jornal Diário Catarinense.
Prates, sem dúvida, não tem nenhuma papa na língua e ataca, com toda a razão, através de suas palavras duras e sinceras. Ótimo. Agora, reprovar a atitude a Igreja em organizar a Campanha da Fraternidade já é demais. Nas palavras dele, o capitalismo e a busca pelo lucro não precisam ser criticados. Afinal, é isso que gera a empregabilidade, o progresso econômico da sociedade e impulsiona o desenvolvimento da sociedade. Segundo ele, o que precisa ser alvo de crítica é a falta de vergonha na cara, a desonestidade e um povo que ao invés de ascender profissionalmente através do próprio esforço, espera por algum milagre divino e é iludido pelas esmolas dadas pelo governo. Ele cita, por exemplo, o caso de Alcides Nascimento Lins, um garoto pobre (muito pobre mesmo), guiado apenas pela ambição e pela esperança de ascender socialmente. A única coisa que ele poderia fazer para vencer na vida era batalhar e esperar por dias melhores. Então, com muita dedicação, conseguiu o primeiro lugar no vestibular de Medicina da Federal de Pernambuco...
Infelizmente, ele conheceu um trágico fim. Foi assassinado. Entretanto, a lição que ele deixou e que Prates quis exemplificar em sua coluna é que a vontade de enriquecer é que melhora o país. Então, a Campanha da Fraternidade e suas alfinetadas no capitalismo não passam de uma baboseira vinda de um preconceito tolo de que todo o rico precisou pisar em alguém para chegar onde está. Será que é tudo assim tão simples? Na verdade, a Campanha da Fraternidade não condena o lucro. Apenas condena o modo de como ele é alcançado.
Como a economia solidária, um conceito proposto pela campanha solidária, se aproxima da idéia do desenvolvimento sustentado, eu preciso alertar as pessoas de que ela é uma boa iniciativa e para isso, critico o que foi escrito por Prates.
Por exemplo, não há nada de errado em lucrar através da prática agrícola. O problema é quando muitas terras vão parar nas mãos de poucos, como é o que acontece aqui no Brasil.
Não vou explicar as conseqüências disso, até porque já comentei sobre esse exemplo no meu blog.
Para um jovem, não basta afirma que o estudo é importante como Prates faz. Frações diretamente proporcionais, por exemplo, é um tema importante da matemática financeira e pouco interessante. Agora, qualquer um poderia se interessar pelo assunto se o professor ensinasse que o “x” da equação poderia ser usado para descobrir quanto que uma pessoa pode lucrar com um investimento. Quer dizer, alunos, mesmo os melhores, acreditam que a realidade está resumida nos livros e isso é errado. Como fazer com que alunos se interessam por uma escola assim, onde a prática é uma coisa e a teoria é outra?
Digo outra. E por mais que Prates continue dizendo que precisamos criar vergonha na cara e procurar empregos, isso não resolve a questão da pobreza. Afinal, o discurso é ótimo, mas não deixa de responder diversas questões. Qual é o tipo de emprego que precisamos? Como fazer para gerá-lo? Qual é o tipo de escola que nossos jovens precisam? Se prevenir é mais importante do que remediar, qual o jeito mais eficiente de combater a criminalidade através de formas de evitar que a ocasião favoreça o ladrão?
Se Prates estiver lendo isso, sugiro que ele leia todo o meu blog e então, ele perceberá que tanto o desenvolvimento sustentável quanto a economia solidária tentam unir o progresso material, o lucro, a justiça social, a diminuição da violência, a preservação do meio ambiente, felicidade do ser humano, não condenam a busca pelo enriquecimento pessoal e nem passam a mão na cabeça de marginal. Temo que talvez, continuaremos a persistir no erro de tentar mudar o caráter das pessoas, ao invés de fazer com que a sociedade mude. É o meio que define a moral humana. Uma rua pouca movimentada, por exemplo, pode ser um local para o encontro de adolescentes fumarem maconha. Agora, se o governo investisse em mais ciclovias, o movimento dos pedestres iria aumentar nas ruas e desse modo, o tráfico de drogas seria desencorajado. E com mais pessoas andando nas ruas, haverá menos veículos, menos poluição e menos acidentes. E isso é só uma das várias soluções apresentadas pelo meu blog.
Caro Luiz Carlos Prates, não me leva a mal. Críticas construtivas e bem fundamentadas são importantes para que haja troca de idéias, informações e discussões.
Um grande abraço de um fã seu.
Prates, sem dúvida, não tem nenhuma papa na língua e ataca, com toda a razão, através de suas palavras duras e sinceras. Ótimo. Agora, reprovar a atitude a Igreja em organizar a Campanha da Fraternidade já é demais. Nas palavras dele, o capitalismo e a busca pelo lucro não precisam ser criticados. Afinal, é isso que gera a empregabilidade, o progresso econômico da sociedade e impulsiona o desenvolvimento da sociedade. Segundo ele, o que precisa ser alvo de crítica é a falta de vergonha na cara, a desonestidade e um povo que ao invés de ascender profissionalmente através do próprio esforço, espera por algum milagre divino e é iludido pelas esmolas dadas pelo governo. Ele cita, por exemplo, o caso de Alcides Nascimento Lins, um garoto pobre (muito pobre mesmo), guiado apenas pela ambição e pela esperança de ascender socialmente. A única coisa que ele poderia fazer para vencer na vida era batalhar e esperar por dias melhores. Então, com muita dedicação, conseguiu o primeiro lugar no vestibular de Medicina da Federal de Pernambuco...
Infelizmente, ele conheceu um trágico fim. Foi assassinado. Entretanto, a lição que ele deixou e que Prates quis exemplificar em sua coluna é que a vontade de enriquecer é que melhora o país. Então, a Campanha da Fraternidade e suas alfinetadas no capitalismo não passam de uma baboseira vinda de um preconceito tolo de que todo o rico precisou pisar em alguém para chegar onde está. Será que é tudo assim tão simples? Na verdade, a Campanha da Fraternidade não condena o lucro. Apenas condena o modo de como ele é alcançado.
Como a economia solidária, um conceito proposto pela campanha solidária, se aproxima da idéia do desenvolvimento sustentado, eu preciso alertar as pessoas de que ela é uma boa iniciativa e para isso, critico o que foi escrito por Prates.
Por exemplo, não há nada de errado em lucrar através da prática agrícola. O problema é quando muitas terras vão parar nas mãos de poucos, como é o que acontece aqui no Brasil.
Não vou explicar as conseqüências disso, até porque já comentei sobre esse exemplo no meu blog.
Para um jovem, não basta afirma que o estudo é importante como Prates faz. Frações diretamente proporcionais, por exemplo, é um tema importante da matemática financeira e pouco interessante. Agora, qualquer um poderia se interessar pelo assunto se o professor ensinasse que o “x” da equação poderia ser usado para descobrir quanto que uma pessoa pode lucrar com um investimento. Quer dizer, alunos, mesmo os melhores, acreditam que a realidade está resumida nos livros e isso é errado. Como fazer com que alunos se interessam por uma escola assim, onde a prática é uma coisa e a teoria é outra?
Digo outra. E por mais que Prates continue dizendo que precisamos criar vergonha na cara e procurar empregos, isso não resolve a questão da pobreza. Afinal, o discurso é ótimo, mas não deixa de responder diversas questões. Qual é o tipo de emprego que precisamos? Como fazer para gerá-lo? Qual é o tipo de escola que nossos jovens precisam? Se prevenir é mais importante do que remediar, qual o jeito mais eficiente de combater a criminalidade através de formas de evitar que a ocasião favoreça o ladrão?
Se Prates estiver lendo isso, sugiro que ele leia todo o meu blog e então, ele perceberá que tanto o desenvolvimento sustentável quanto a economia solidária tentam unir o progresso material, o lucro, a justiça social, a diminuição da violência, a preservação do meio ambiente, felicidade do ser humano, não condenam a busca pelo enriquecimento pessoal e nem passam a mão na cabeça de marginal. Temo que talvez, continuaremos a persistir no erro de tentar mudar o caráter das pessoas, ao invés de fazer com que a sociedade mude. É o meio que define a moral humana. Uma rua pouca movimentada, por exemplo, pode ser um local para o encontro de adolescentes fumarem maconha. Agora, se o governo investisse em mais ciclovias, o movimento dos pedestres iria aumentar nas ruas e desse modo, o tráfico de drogas seria desencorajado. E com mais pessoas andando nas ruas, haverá menos veículos, menos poluição e menos acidentes. E isso é só uma das várias soluções apresentadas pelo meu blog.
Caro Luiz Carlos Prates, não me leva a mal. Críticas construtivas e bem fundamentadas são importantes para que haja troca de idéias, informações e discussões.
Um grande abraço de um fã seu.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O Deus Cristão e a Educação Ambiental.
O que meio ambiente tem a ver com a pobreza do Brasil e a religião? A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) lançou, nesse ano, a campanha da fraternidade 2010 com o tema “economia.” A proposta é simples. É fazer com que a sociedade tome consciência que o nosso modelo econômico gera pobreza, violência, marginalização, ignorância e poluição.
Vamos imaginar um exemplo bem simples e que já foi usado nesse blog. O padeiro assa o pão pelo desejo de ganhar dinheiro, ao invés de fazê-lo por amor ao estômago do cliente. O estudante escolhe o curso que dará a melhor e mais rentável profissão. Todas as nossas ações são movidas pela busca pelo lucro. Toda a filosofia do crescimento econômico está baseada no acúmulo de dinheiro. O lema da campanha é “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, tirado de Mateus 6:24. E essa idéia se aproxima do conceito do desenvolvimento sustentável proposto pelos ambientalistas. Vamos entender melhor?
Um exemplo é o agronegócio. No Brasil, há muitas terras nas mãos de poucos. Os grandes fazendeiros ficam cada vez mais ricos, enquanto os pequenos fazendeiros permanecem na pobreza. Dessa forma, acontece o êxodo rural, ou melhor, as famílias humildes vão para a cidade, buscando melhores condições de vida. Afinal, cidade é sinônimo de progresso. Ou não é? Sem uma qualificação profissional, as famílias não conseguem emprego. E assim, como num ciclo vicioso, favelas vão sendo construídas na mesma proporção em que pessoas chegam à cidade buscando sorte. Não é novidade nenhuma para o fiel leitor desse blog que a maior parte dos grãos, cereais, legumes e demais alimentos produzidos pelas grandes fazendas vão parar no estômago de porcos, vacas e demais animais. Fazemos isso para engordá-los e depois, devorá-los. Isso já é um hábito da sociedade moderna. Tem gente que não consegue viver longe do pernil de porco, do hambúrguer e de uma boa churrascada. Para engordar um mísero quilograma de uma vaca, gastamos muitos quilogramas de bons alimentos. Imagine quantos quilogramas de cereais, legumes e demais grãos foram parar no estômago bovino, ao invés de alimentar pessoas famintas. Então, é óbvio que a produção de alimentos não dará conta de satisfazer todo o povo. E onde o meio ambiente entra nessa história? Como produtividade é sinônimo de lucro, os fazendeiros procuram fazer com que a produtividade cresça cada vez mais. Para isso, vale qualquer coisa. Usar agrotóxicos é um exemplo. Usar máquinas como tratores que compactam (e prejudicam) o solo é outro exemplo. E nesse jogo, vale tudo. Até praticar a monocultura, que é plantar somente um tipo de produto agrícola e isso afeta o solo, fazendo com que ele leve séculos para se recuperar. Um solo agredido, pobre em nutrientes e envenenado por agrotóxicos e outras químicas afeta uma infinidade de outras formas de vida como bactérias, microorganismos, vegetais, plantas, animais, aves e etc. Então, basta concluir que tudo isso é irracional e insustentável. Ao mesmo tempo em que isso acontece, agricultores humildes, sem ter o que fazer na cidade, voltam para o campo, invadem as grandes fazendas, matam, estupram e por ai vai. Não estou defendendo o MST (Movimento dos Sem Terra). E até concordo que alguns deles só querem arranjar um pedaço de terra para poder trabalhar e fazem isso sem apelas para a violência e infelizmente, sempre irá haver a falta de caráter de algumas pessoas que apelam para a brutalidade. Quer dizer, é tudo uma conseqüência de um modo de produção inconseqüente.
E o que a Igreja propõe?
Uma nova reforma agrária, onde a terra possa ser distribuída de forma igualitária. Assim, todos terão o seu pedaço de chão para trabalhar. É a agricultura familiar. Todos trabalham para fazer com que “roça” pare de ser sinônimo de “atraso”. E se todas essas famílias praticassem a agricultura orgânica? O que é isso? É aquela agricultura que dispensam agrotóxicos e outros venenos. Os agricultores só usam material orgânico (estrume) para fazer com que a plantação vingue. Em geral, os produtos orgânicos são mais caros. Por exemplo, uma cebola cultivada com o auxílio de agrotóxicos é sempre mais barata. Contudo, se todos os agricultores praticassem a agricultura orgânica, o ritmo de produção e a produtividade seriam iguais. Desse modo, a concorrência faria com que o preço caísse. Teríamos alimentos baratos e saudáveis.
Fora isso, a Igreja estimula iniciativas como associações, cooperativas populares, entidades de apoio e etc. Com isso, a comunidade pode participar mais na vida política, decidir onde os investimentos serão gastos. Imagine por exemplo, a comunidade decidindo acabar com a carga tributária. Sabe o que é carga tributária? É um imposto, um valor “extra” em todo o preço de alguma mercadoria. Isso, por exemplo, aumenta o preço do feijão, da farinha e de outros produtos essenciais. O pobre paga o mesmo que o rico paga também. É justo?
Tudo isso é muito bom... E isso é pregado pela Igreja. É a tal da economia solidária.
Os ambientalistas já chamam de desenvolvimento sustentado. Bom, é como trocar seis por meia dúzia. Basta lembrar que é o crescimento econômico, aliado ao respeito pelo meio ambiente e a justiça social.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Maicon Tenfen e eu.
Quando encontrar com Maicon Tenfen numa próxima vez, quero agradecê-lo por ter me dado um novo tema para o meu blog. Conversei com ele apenas uma única vez em toda a minha vida. E, provavelmente, ele nem me conhece e nem se lembra de mim. Eu o conheço.
Blumenau inteira o conhece. Afinal, é um escritor famoso e colunista do Jornal “O Santa.” E para quem gosta do que ele escreve, recomendo o livro “O impostor.” E quem sou eu? Apenas Felipe Emílio Gruetzmacher, membro da SEB (Sociedade dos Escritores de Blumenau), estudante de Gestão Ambiental, blogueiro desconhecido no meio virtual e só. Acontece que o nosso amigo Maicon me criticou através de uma de suas colunas. Para quem quer ler, basta acessar o link abaixo:
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,2813699,14143
Meus colegas Sebianos e eu não podemos ser considerados escritores. Será que, na opinião dele, não somos suficientemente talentosos? Não sei... O que mais me deixa impressionado é que ele nos alfineta e não aponta o porquê de sermos tão ruins. O Blog dele funciona segundo o lema de Voltaire, ou seja, qualquer um pode discordar dele, desde que essa pessoa aponte o porquê disso tudo. Em contrapartida, as palavras do nosso amigo Tenfen não passaram de críticas vazias e argumentos pouco profundos. Afinal, por que a SEB merece tantas críticas?
Bom, chega de falar dele. Vamos falar o porquê de eu ingressar na SEB no ano passado. Fiz isso para ver se sou capaz de desenvolver o meu talento, crescer como escritor e desenvolver uma consciência crítica, afinal, a leitura e escrita fazem com que a pessoa consiga pensar por si própria. Aprendi a transferir minhas idéias para o papel com a SEB. E isso complementou o que estudo na faculdade.
Maicon Tenfen é um oceano de sabedoria literária. Pinta e borda do jeito que quer. Distribui palpites, alfineta Deus e o mundo. Do mesmo jeito que tantos outros, sua fama é conquistada através da polêmica. E tem todo o direito, afinal, a razão sempre está com ele. E eu? O que sou? Não sou escritor. Sou apenas alguém que já passou da fase de alfinetar todo mundo sem razão alguma.
Apenas busco fazer as pessoas refletirem com o meu blog sobre Educação Ambiental...
E como diria o velho ditado, cão que late não morde.
Blumenau inteira o conhece. Afinal, é um escritor famoso e colunista do Jornal “O Santa.” E para quem gosta do que ele escreve, recomendo o livro “O impostor.” E quem sou eu? Apenas Felipe Emílio Gruetzmacher, membro da SEB (Sociedade dos Escritores de Blumenau), estudante de Gestão Ambiental, blogueiro desconhecido no meio virtual e só. Acontece que o nosso amigo Maicon me criticou através de uma de suas colunas. Para quem quer ler, basta acessar o link abaixo:
http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,2813699,14143
Meus colegas Sebianos e eu não podemos ser considerados escritores. Será que, na opinião dele, não somos suficientemente talentosos? Não sei... O que mais me deixa impressionado é que ele nos alfineta e não aponta o porquê de sermos tão ruins. O Blog dele funciona segundo o lema de Voltaire, ou seja, qualquer um pode discordar dele, desde que essa pessoa aponte o porquê disso tudo. Em contrapartida, as palavras do nosso amigo Tenfen não passaram de críticas vazias e argumentos pouco profundos. Afinal, por que a SEB merece tantas críticas?
Bom, chega de falar dele. Vamos falar o porquê de eu ingressar na SEB no ano passado. Fiz isso para ver se sou capaz de desenvolver o meu talento, crescer como escritor e desenvolver uma consciência crítica, afinal, a leitura e escrita fazem com que a pessoa consiga pensar por si própria. Aprendi a transferir minhas idéias para o papel com a SEB. E isso complementou o que estudo na faculdade.
Maicon Tenfen é um oceano de sabedoria literária. Pinta e borda do jeito que quer. Distribui palpites, alfineta Deus e o mundo. Do mesmo jeito que tantos outros, sua fama é conquistada através da polêmica. E tem todo o direito, afinal, a razão sempre está com ele. E eu? O que sou? Não sou escritor. Sou apenas alguém que já passou da fase de alfinetar todo mundo sem razão alguma.
Apenas busco fazer as pessoas refletirem com o meu blog sobre Educação Ambiental...
E como diria o velho ditado, cão que late não morde.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Não sei o que é Avatar.
Todos os meus amigos estão querendo que eu vá assistir ao mais novo filme do James Cameron. Disseram que eu ia amar. Até agora, eu não fui ao cinema. E nem pretendo ir tão cedo. Nada do cinema me interessa e por causa disso, fiquei impressionado com a insistência dos meus amigos em me levar ao cinema para ver o filme. Li uns resuminhos rápidos na internet e só. Só sei que num futuro, a humanidade precisa de uma fonte de energia chamada Unobtainium e para isso, o herói do filme tem a sua mente transplantada para o corpo de uma criatura chamada Na’vi. E com esse novo corpo, ele pode se adaptar a atmosfera do planeta Pandora, ao mesmo tempo em que aprende sobre a cultura do povo de lá. Lógico que isso tudo não passou de uma grande e elaborada farsa para que a humanidade pudesse compreender sobre o povo do planeta de Pandora e desse modo, conquistar o planeta e ter uma nova fonte de energia. Bom, esse é tudo o que sei sobre o filme e já me trouxe algumas boas reflexões. Sei que por trás daqueles efeitos especiais, existe uma forte crítica contra a sociedade e o modo como nós tratamos a natureza. Mas... Cão que late não morde. Criticar é uma coisa. Saber identificar a origem do problema e desse modo, solucioná-lo é outra coisa.
Críticas contra a nossa falta de respeito ao meio ambiente não falta. Está em tudo. Desde músicas, revistinhas em quadrinhos, filmes e etc. E continuamos a persistir no erro. Por que a sociedade é assim? Do que precisamos para que a sociedade se mobilize para mudar de forma definitiva? Respondo tudo isso com uma outra pergunta... Por que precisamos estudar? Já tentaram me iludir muitas vezes. Quando perguntava o porquê de eu precisar estudar, que era uma coisa que eu detestava, os professores e demais adultos respondiam algo como “porque você precisa arranjar um bom emprego e crescer na vida.” Está tudo errado. Comecei a aprender realmente sobre a vida fora dos bancos escolares... Li em livros o quanto que a nossa escola forma cidadãos despreparados, inocentes e acomodados. Os professores insistiam em me ensinar o que era um dígrafo, sem se preocupar em querer me explicar para o que serve.
Vi muitos colegas desistindo da escola por se sentirem frustrados ao serem obrigados a engolirem conteúdos aparentemente inúteis. Não importava o sucesso ou o insucesso acadêmico. Aqueles que consigam um bom emprego tinham suas vidas sequestradas pelo emprego. Quer dizer, a filosofia de querer crescer cada vez mais economicamente já está nas nossas vidas desde o momento em que nós ouvíamos “estude para conseguir emprego” dos nossos pais. Empresas e instiuições prosperam economicamente. E daí? O país só caminha na direção do crescimento econômico e não se preocupa com o desenvolvimento social. Do que adianta, por exemplo, termos um país onde empresários e bancários põe a mão na maior parte dos lucros, enquanto pessoas sobrevivem catando comida nos lixeiros? Não é póssível eliminar a pobreza apenas com a geração do lucro. Se fosse por isso, não haveria pobreza nos Estados Unidos e nos outros países ricos. Agora, o que isso tem a ver com o nosso relacionamento com o meio ambiente? O que conta para um país é crescer na direção da economia. Essa filosofia está tão enraizada em nossas mentes que fazemos de tudo para que isso ocorra. E tudo começa na escola, um local onde viramos apenas engrenagens para que a máquina capitalista funcione. Desse modo, pouco importa se usamos agrotóxicos nas nossas lavouras por exemplo. Apesar de sabermos que isso contamina o solo, o ar, a água e traz problemas de saúde, precisamos fazer isso para garantir que nenhuma praga sobreviva. Afinal, produção é sinônimo de lucro e lucro é o que importa. E para que gastar dinheiro com pesquisas envolvendo energia solar se já temos as termeléticas em pleno funcionamento? Apesar da poluição atmosférica que ela produz, ela é a melhor opção, ao menos do ponto de vista de uma sociedade preocupada com a questão da produção e lucro. Poderíamos trocar o diesel pelo biodiesel, um combustível não tão poluente, mas a situação não é propícia, afinal, a maioria dos nossos veículos usa o diesel. A mata ciliar, a vegetação que ocorre nas margens dos rios e mananciais precisa ser tirada, apesar dos protestos por parte dos ambientalistas, para dar lugar ao cultivo e a prática agrícola. Agricultores sempre procuram o solo mais fértil para poder lucrar cada vez mais. Os exemplos citados anteriormente nos fazem entender o porquê da sociedade não conseguir adotar uma nova postura. Crescimento da economia, empresas lucrando e a busca pelo lucro são coisas que não se podem ser encaixadas com preservação ambiental e a busca por melhores condições de vidas da maioria. Ao mesmo tempo, acreditar que o avanço tecnológico pode conciliar progresso com qualidade ambiental é inocência. Afinal, do que adianta termos coletores solares, se ainda continuamos a buscar o carvão mineral para produzir eletricidade para as nossas casas? Não parece um beco sem saída? Não é. Basta que a escola se adapte. Minha proposta é ensinar educação ambiental nas escolas. Vejamos um exemplo:
- Um dos temas trabalhos numa aula de educação ambiental é a poluição atmosférica. O diesel usado nos motores dos automóveis libera monóxido de carbono, um dos grandes poluentes.
O diesel provém do carvão mineral. Milhares de anos antes, o material já foi um ser vivo, um vegetal que absorvia monóxido de carbono. Ao morrer, entrou em processo de decomposição, ou melhor, seu organismo apodreceu e se transformou no carvão mineral. A queima dele faz com que o motor funcione, ao mesmo tempo em que libera o carvão absorvido pela planta nas épocas passadas. Dessa forma, todo o ar é poluído. Ao invés de usar o diesel, poderíamos usar o biodiesel. A produção dele é feita através dos óleos extraídos de certos vegetais. O girassol é um exemplo. Tudo o que precisamos fazer é plantar. A queima do biodisel produz carbono. Em contrapartida, todo o carbono produzido pelo biodiesel é absorvido pelas Oleaginosa, plantas que produzem óleos usados como fonte do biodiesel. Logo, uma coisa neutraliza a outra. Esse tema é chamado de ciclos biogeoquímicos e faz parte de várias ciências como a ecologia e a química orgânica. Lógico que nem tudo é perfeito. Se plantarmos girassóis para alimentar os nossos motores, estaremos deixando de plantar alimentos. Nesse caso, a sociologia e a geografia tem um importante papel para solucionar esse problema, já que ambas estudam os problemas da sociedade e a fome é um dos nossos males. Combustíveis é um dos vários exemplos que poderia estar citando. Só queria deixar bem claro o quanto que a educação ambiental pode integrar as mais diferentes disciplinas. Como no caso da poluição atmosférica, unimos ecologia, química, sociologia e geografia. É a visão holística, uma integração das ciências exatas e humanas. E ela é fundamental para preparamos cidadãos preocupados com a qualidade de vida e em conciliar desenvolvimento humano, economia e meio ambiente.
Isso quer dizer que precisamos saber de tudo? Não! Vamos saber, ao menos, um pouqinho de tudo, sem abrir mão do conhecimento específico. Um bom exemplo é o médico consciente de que a maioria das doenças são adquiridas por vivermos em um ambiente poluido. Só assim esse mesmo médico vai poder exigir mudanças no país, como tratamento adequando para o lixo. É hora de parar de aprender o que é inútil e se dedicar a procurar apenas o que é fudamental para podermos mobilizar a sociedade em nome da causa ambiental. A filosofia do “estude para conseguir um bom emprego” é a primeira coisa para se jogar fora. Educar é, antes de tudo, fornecer meios para que o indivíduo transforme o espaço ao seu redor em nome do bem comum. Senão, continuaremos saindo do cinema, após assistir Avatar e não sabendo por onde começar para reverter a situação.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Quem governa os governantes?
Pergunte a um ambientalista se ele sabe quais os prejuízos ambientais causados pelo consumo de energia elétrica. O que ele responde? Uma usina termoelétrica, por exemplo, queima combustível fóssil (carvão) e esse processo lança poluentes atmosféricos. A geração de eletricidade através da fonte eólica, ou melhor, a produção de eletricidade feita com aqueles “cata-ventos” gigantes produz poluição sonora e poucos são os lugares onde há uma corrente de ar suficientemente forte para movimentar aquele as hélices enormes. Ao final da explicação dele, ele dirá que toda a forma de gerar energia elétrica pode apresentar algum prejuízo para o ambiente ou é cara demais ou tem algum defeito. O discurso é sempre o mesmo. Reduzir o consumo é necessário. Agora, pergunte ao mesmo ambientalista, se ele poderia viver sem uma geladeira, por exemplo. Esse é o problema. Os mesmos ambientalistas que tanto defendem o meio ambiente são tão agressivos ao planeta quanto aquele pessoal que nem sabe o que é ecologia. Afinal, o tempo das cavernas já passou e estamos vivendo em pleno século 21, época de desfrutar de maravilhas tecnológicas e deixar que o mundo pague a conta do nosso progresso. Perguntar sobre geladeira deixa qualquer ambientalista numa situação complicada. Os ambientalistas estão errados? Nem tanto. Planeta preservado é sinônimo de qualidade de vida. Um exemplo de luta nobre travada pelos "eco-chatos" é a erradicação da fome. Distribuir cestas básicas para a população não basta. Plantar, cultivar e colher alimentos, legumes e verduras são prejudiciais ao ambiente, afinal, as nossas plantações absorvem todos os nutrientes do solo e ele fica pobre. Ecossistemas inteiros são devastados por causa disso. Toneladas de alimentos tirados da terra vão parar no estômago dos bois. Para engordar um quilograma do boi e saborear um churrasco, precisamos cultivar vários quilogramas de alimentos. Com esse meio de produção, não há forma de suprir todas as necessidades da humanidade. E não é só. Por causa da nossa paixão por hambúrguer, o solo fica degradado, inférteis e muitos litros de água são usados para criar cabeças de gado. Dessa forma, é óbvio que faltará água e alimento para algumas pessoas. Para complicar mais ainda, 40% do que o porco consome, por exemplo, é eliminado pelas fezes. Há outro problema. O que fazer com tantos dejetos? Não é raro quando ambientalistas se enfrentam com pecuaristas e ruralistas. Resolver o problema da fome não é algo complicado. Novos hábitos alimentares precisariam ser adotados.
Técnicas e inovações tecnológicas seriam uma boa saída para aumentar a produtividade do solo. Produziríamos mais com menos. A idéia principal que necessita ser extraída dos exemplos acima é que todo o ambientalista se preocupa com causas nobres, como por exemplo, a erradicação da fome. A geladeira serviu como uma espécie de crítica, apenas para compreendermos o quanto é difícil ser ambientalista nesse mundo tão moderno e ao mesmo tempo, tão devastado. Nossas tecnologias podem destruir planetas inteiros! O pior é que o ser humano está dependente de tudo isso.
Trocando de assunto, o que importa entender é que o progresso é uma muralha na qual esbarramos quando queremos lutar por algo melhor. Veja, por exemplo, o lema tupiniquim “Ordem e Progresso”. A sociedade, sendo um corpo vivo, precisa de cada parte executando suas funções. Pelo bom andamento do país, nenhuma idéia pode permanecer nessa trilha, senão, vai obstruir os trilhos do progresso. O que escolher?
O dcrescimento econômico das nações ou preservar o planeta? Os nossos amigos norte-americanos escolheram a primeira opção. Ninguém lá se interessou muito quando o assunto foi reduzir a poluição atmosférica. Afinal, cada centavo economizado é um pequeno ganho e faz muita diferença para a empresa e desse modo, o país cresce.
Investir em tecnologias para corrigir as poluições, tratar os gases tóxicos expelidos pelas chaminés das fábricas é dinheiro perdido. Ótimo para o país, péssimo para o planeta. Para não dizer que a crítica foi atingiu somente os norte-americanos, o Brasil, também merece uns belos puxões de orelha. O nosso “paraíso verde-amarelo” é o 4º na lista de países que mais contribuem para o efeito estufa. Nossas chaminés nem vomitam tantos gases tóxicos como acontece nos Estados Unidos. É que a nossa Amazônia, berço de uma infinidade genética, é devastada constantemente. Não é nenhuma novidade que árvores são derrubadas para que a madeira se transforme em móveis e que áreas do tamanho de campos de futebol são devastadas para serem usadas na prática agrícola. E como a população do país pode sobreviver madeira? Precisamos dela para tudo! E agora? Precisamos mesmo optar entre o progresso e o planeta? Se o texto semeou a dúvida em seu coração, então, uma parte do objetivo foi alcançada.
O desenvolvimento dos países ricos é o principal alvo dos questionamentos levantados por esse blog. Afinal, vale a pena sacrificar o mundo pelo desenvolvimento? Comecemos pelos Estados Unidos. O que dizer de um país que começou uma guerra por causa do petróleo? Eleito um novo presidente, a chama da esperança foi despertada... E depois, foi apagada quando nada foi resolvido no encontro de países para discutir as propostas superar o aquecimento global. Eles, a maior potência do mundo, deveria dar o exemplo quando o assunto é a tomada de consciência... Mas... Mesmo sendo o país mais rico do mundo, a pobreza persiste. Nunca, em terras norte-americanas, a palavra “crise” é pronunciada, mesmo com milhares de pessoas sendo atormentadas pelo fantasma da miséria. Agora, quando banqueiros e empresários se deparam com o risco de falirem por causa de alguma investida má sucedida no jogo econômico, a palavra “crise” é lembrada. Quer dizer, crise é quando ricos estão ameaçados de ficarem pobres. Nessas circunstâncias, o governo ajuda, doa e realiza empréstimos de bilhões de dólares para esse pessoal.
O desenvolvimento dos países ricos é o principal alvo dos questionamentos levantados por esse blog. Afinal, vale a pena sacrificar o mundo pelo desenvolvimento? Comecemos pelos Estados Unidos. O que dizer de um país que começou uma guerra por causa do petróleo? Eleito um novo presidente, a chama da esperança foi despertada... E depois, foi apagada quando nada foi resolvido no encontro de países para discutir as propostas superar o aquecimento global. Eles, a maior potência do mundo, deveria dar o exemplo quando o assunto é a tomada de consciência... Mas... Mesmo sendo o país mais rico do mundo, a pobreza persiste. Nunca, em terras norte-americanas, a palavra “crise” é pronunciada, mesmo com milhares de pessoas sendo atormentadas pelo fantasma da miséria. Agora, quando banqueiros e empresários se deparam com o risco de falirem por causa de alguma investida má sucedida no jogo econômico, a palavra “crise” é lembrada. Quer dizer, crise é quando ricos estão ameaçados de ficarem pobres. Nessas circunstâncias, o governo ajuda, doa e realiza empréstimos de bilhões de dólares para esse pessoal.
Imagine que essa crise não tenha ocorrido. Já pensou em investir todo esse dinheiro para acabar com a pobreza norte-americana? Sim! O governo, os bancos e empresários possuem dólares suficientes para exorcizar o fantasma da miséria das terras norte-americanas para sempre! Quer uma prova? Lembra da crise econômica de 2008? Os Estados Unidos estudaram a proposta de investir 700 bilhões de dólares tirados do bolso do contribuinte para resolver a crise. Pouco dinheiro? Além desses 700 bilhões, havia mais os 500 bilhões que antes mesmo da chegada dos 700 bilhões, já estavam nas mãos dos banqueiros. E além dessas duas quantias, ainda existiam os bilhões de dólares vindos da Europa para resolver o problema da crise. Se dividíssemos “apenas” os 700 bilhões entre toda a população humana, no caso, 6,7 bilhões, entregaríamos 104 milhões para cada um. Cada pessoa do planeta seria milionária! Já a Espanha investirá 30 bilhões em seus respectivos bancos para resolver a crise. Da onde vêm esses 30 bilhões?
Acertou quem falou a palavrinha mágica “imposto”! E como os políticos espanhóis são amigos amicíssimos dos banqueiros, o Estado pagará as dívidas adquiridas por eles. Dívidas que quando somadas, chegam aos 30 bilhões de euros! Segundo dados oficiais de 2008, a população espanhola era de 46.063.511 de pessoas e dividindo os tais 30 bilhões, cada espanhol receberia 652,18 milhões de euros! É muito dinheiro! Cada espanhol seria milionário! Quando os ricos passam por alguma crise, a maioria dos políticos sempre dá um “jeitinho” de ajudá-los. Tanto investimento valeu a pena? Lógico! Ao menos, nenhum banqueiro ou empresário de multinacional ficou pobre.
Resumindo, é muito dinheiro para pouca gente. Então, não faria diferença se os Estados Unidos usassem tanta dinheirada para investir em projeto de pesquisa. Alguns bilhões seriam gastos. Sem dúvida, a economia sofreria um pouquinho... Empresários e banqueiros perderiam alguns milhões... E daí? É hora de buscar uma nova forma de organizar a sociedade. “Progresso” não é necessariamente sinônimo de “país rico.”
País rico é aquela cuja população goza de boa vida. Não é isso o que ocorre. Queremos demais. A economia corre atrás dos números e acaba atropelando as pessoas. Cito um exemplo. Tratar da água, do ar e do solo não deixa de ser melhorias na qualidade de vida das pessoas. Imaginemos um exemplo simples. Com esgoto tratado numa favela, o número de doenças iria diminuir. Rios e demais corpos hídricos são seriam contaminados. E para que se faça uma omelete, alguns ovos precisam ser quebrados.
Nesse caso, os bolsos dos amigos políticos é que deveriam ser esvaziados por boa causa. Outro exemplo disso são os programas de educação ambiental e sexual para a comunidade. Se houvesse mais profissionais dedicados a ensinar e dar palestras sobre prevenção na hora do sexo, não haveria tantos filhos. A população diminuiria, assim como o consumo de recursos naturais. O problema é sempre o mesmo... Alguns milhões deveriam ser investidos no povo, ao invés de parar no bolso dos governantes. O salário deles é exorbitante! Voltando ao assunto da geladeira, como usá-la, sem agredir o planeta? Já que toda fonte de energia causa algum dano, vamos optar pelo menor. Ao invés de usarmos uma termoelétrica, por exemplo, hidrelétrica seria a melhor opção, num país com grandes quedas da água. E como o consumo de energia é proporcional ao impacto ambiental, quanto menos consumirmos, melhor para o planeta. Dessa forma, se a população parar de crescer, é melhor. O problema é que muitos empresários, políticos e donos de termoelétrica seriam prejudicados, afinal, ninguém deles desejariam gastar dinheiro com novas tecnologias “amigas do ambiente.” É justo que poucos enriqueçam, enquanto outros sofrem? E se os investimentos fossem feitos, ninguém passaria fome, mesmo com alguns bilhões “perdidos.” Eu, ao menos, sou daquela opinião de que se eu tenho casa, comida e roupas, ou seja, o essencial para poder viver, já fico feliz. Se eu virasse presidente, a primeira coisa que eu faria seria reduzir o meu próprio salário... Se todos tivessem essa forma de pensar, a locomotiva chamada “progresso” não atropelaria ninguém e, além disso, com desejássemos menos bens materiais, ficássemos somente na busca pelo suficiente para viver, o consumo seria desacelerado e o planeta não sofreria tanto. Pois é... A questão continua sem resposta. Como fazer um país crescer sem esquecer de proteger o meio ambiente, os recursos naturais e o próprio homem?
Desenvolvimento e crescimento:
O padeiro não assa pão por amor ao estômago do cliente. Faz isso porque quer ganhar dinheiro. O estudante tenta compreender as funções das células num organismo com o objetivo de ganhar dinheiro ao se tornar cientista e não faz isso por amor ao saber. Ele quer algo prático. Através desses exemplos, entendemos que a ambição do ser humano, o desejo de sempre querer mais e mais é que transforma e melhora a sociedade. Até que ponto a ambição é saudável? Vamos tentar solucionar esse enigma com outra pergunta.
Qual é a diferença entre crescimento e desenvolvimento? Crescimento significa acréscimo. Ou seja, quanto mais, melhor. É a tal busca desenfreada pelo lucro. Imagine uma locomotiva atropelando tudo o que está pela frente. Ética, justiça, meio ambiente, homem e natureza são apenas obstáculos para essa poderosa máquina desenfreada.
Logo, os países desenvolvidos não são tão desenvolvidos como nós pensamos ou não é assim? Qual é o tipo de lucro que precisamos? A indústria de armas, um negócio extramente lucrativo, principalmente em tempos de guerra, lucra trilhões. Há guerras que dão um “gás” para a economia dos países vencedores e eles crescem, tornando-se novas potências. Pela lógica, a indústria bélica é muitíssimo importante. Um agricultor que pratica a agricultura orgânica, ou seja, aquele cultivo de alimentos mais saudáveis, com menos pesticidas, menos venenos e vende o produto por um preço um pouco “salgado” (venda de produtos orgânicos é sempre mais cara) não é tão importante assim quanto um presidente de alguma indústria de armas. Ao menos, não do ponto de vista do crescimento econômico. Agora, o que é o desenvolvimento econômico? Uma economia em desenvolvimento é aquela que está crescendo e ao mesmo tempo, se tornando mais eficaz. Isso implica uma melhoria na estrutura, no design e na composição. Trocando em miúdos, é aquele que ao mesmo tempo em que gera lucro, se preocupa com a pobreza, a ética e a preservação dos recursos naturais. Num país que adota essa filosofia, uma empresa bélica nem ia sequer existir. O governo, ao invés de investir na indústria bélica, iria investir, por exemplo, na agricultura orgânica. Mesmo que não dê tanto lucro, a pobreza, de certa forma, seria eliminada. Temos que entender bem o significado da palavra “pobreza.” Pobre pode ser uma qualidade de vida.
Alimentos saudáveis produzidos com a agricultura orgânica poderiam acrescentar muita qualidade de vida. Notícias relacionadas com ingredientes tóxicos, pesticidas, fertilizantes químicos, doenças e moléstias fariam parte do passado. Agora, por que o desenvolvimento é sustentável? Solucionar essa questão depende de nós entendermos melhor a agricultura orgânica. Se pensarmos adiante sobre o tema agricultura orgânica, concluímos que ela se chama “orgânica” por trabalhar com material orgânico. Orgânico nada mais é do que o estrume. Pode ser muitas coisas. Desde casca de banana, até umas fezes de algum animal. Quem trabalha na lavoura conhece. Esse tipo de substância tem um punhado de nutrientes essenciais para o solo. A lógica é simples. Quando mais você planta, mais pobre o seu solo fica. Os nutrientes orgânicos enriquecem o solo. Até é uma questão de respeito com a natureza, afinal, alimentos são recursos fornecidos pela mãe terra e saber aproveita-los de maneira correta é essencial para o desenvolvimento sustentável. Usar, aproveitar e usufruir, sem nunca deixar faltar para ninguém e nunca agredir a natureza. Esse é um pequeno grande salto para erradicar a fome e um exemplo de como o meio ambiente e o homem podem se conciliar. Agricultura orgânica foi usada para explicar o termo “sustentável”, mas poderíamos qualquer outro exemplo, como a água, fontes energéticas alternativas e etc. E então, leitor, você acha que a maioria dos países está crescendo economicamente ou se desenvolvendo sustentavelmente? A notícia ruim é que nenhum político vai acatar essa idéia tão revolucionária. Em contrapartida, nós, pessoas comuns, poderíamos, através do voto e da crítica, tentar forçar nossos governantes a fazer isso. Se escritor Alan Moore, em sua obra Watchmen, nos perguntou “quem vigia os vigilantes?”, a pergunta feita por esse texto é tão ou mais filosófica.
Quem governa os governantes?
Nós, os cidadãos justos e honestos, ou o dinheiro, o lucro e a ambição desmedida?
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